A Energisa informou em seu boletim de Relações com Investidores referente ao fechamento do terceiro trimestre de 2018 que o consumo de energia no mercado cativo e livre nas áreas de concessão do grupo manteve o mesmo crescimento do trimestre anterior, atingindo 7.455,5 GWh, o que representa aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Considerando o fornecimento não faturado, o volume é de 7.512,8 GWh, o que significa avanço de 3,2% na mesma base de comparação. A empresa explica que o desempenho no trimestre deve-se, principalmente, ao aumento do consumo de energia das classes rural, que avançou 7,6% e a industrial com 5,1%. Nessa última, continuou, nas áreas de concessão da ETO houve aumento de 17,3%, favorecida pelo segmento de minerais não metálicos, na EBO ficou em 11,1%, beneficiada pelo segmento de couro, na EMS crescimento de 10,5%, impulsionado pelo setor de madeira e na ESS a expansão registrada alcançou 6,5%, puxada pelo setor alimentício.
No acumulado do ano o consumo total nos primeiros nove meses de 2018 somou 22.580,3 GWh aumento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a holding, que detém 11 distribuidoras (contando as duas que arrematou no leilão da Eletrobras e que ainda não estão consideradas nesse relatório), com o fornecimento não faturado, o volume foi de 22.485,5 GWh, o que significa um aumento de 2,8%. O mercado livre (TUSD) apresentou crescimento de 11,2% no consumo. Já o consumo no mercado cativo foi de 18.626,6 GWh, avanço de 1,2% de janeiro a setembro. O destaque foi dado para os aumentos de consumo na distribuidora do estado de Tocantins, 4,2%, na Sul Sudeste, 4%, no Mato Grosso do Sul, 3,9%, e em Sergipe com 2,3%.
Somente no mês de setembro o volume consumido de energia no mercado consolidado cativo e livre foi de 2.511,8 GWh, retração de 1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Essa variação decorreu, segundo a Energisa, principalmente, da elevada base comparativa do consumo residencial e comercial em setembro do ano passado, impulsionada pelas altas temperaturas, que ficaram, em média, 24 dias acima da máxima histórica nas regiões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, bem como a um calendário de faturamento maior.
“Em Mato Grosso, embora o consumo residencial em setembro tenha sido o terceiro melhor do ano, essa classe consumiu 12,6% menos energia elétrica em relação ao mesmo mês do ano passado. Em Mato Grosso do Sul, estima-se que a sentida redução de 15,4% do consumo residencial também decorre da alta base de comparação influenciada pelas temperaturas mais elevadas em 2017. Por outro lado, o consumo consolidado da classe industrial avançou 2,8% no mês, devido, principalmente, ao aumento nas atividades industriais”, apontou a empresa em seu comunicado.