A Empresa de Pesquisa Energética divulgou o Relatório Final do Balanço Energético Nacional 2018, com os dados da oferta e consumo energético no Brasil, tendo por base o ano de 2017. O documento compila informações que contemplam as atividades de extração de recursos energéticos primários, conversão dos recursos em formas secundárias, importação e exportação, além da distribuição e uso final da energia.

De acordo com o levantamento, a energia total disponibilizada no país atingiu 292,1 Mtep em 2017, acréscimo de 1,3% em relação ao ano anterior. Parte desse aumento teve influência do comportamento das ofertas internas de gás natural e energia eólica, que subiram 6,7% e 26,5% no período, respectivamente.

Outro ponto que também influenciou na expansão da oferta interna bruta foi a retomada da atividade econômica no ano, quando o PIB nacional cresceu 1,0%, segundo o último dado divulgado pelo IBGE. No caso da energia elétrica verificou-se um avanço na oferta interna de 4,6 TWh, com acréscimo de 0,7% em relação a 2016.

Já a energia hidráulica disponibilizada apresentou redução de 3,4%, devido às condições hidrológicas desfavoráveis. Apesar da menor oferta hídrica, a participação de renováveis na matriz elétrica atingiu 80,4% em 2017, fato explicado pelo avanço da geração eólica. A geração eólica atingiu 42,4 TWh – crescimento de 26,5%. A potência eólica atingiu 12.283 MW, salto de 21,3%.

A produção de biodisel atingiu o montante de 4.291.294 m³, o que representou crescimento de 12,9% O percentual de B100 adicionado compulsoriamente ao diesel mineral elevou-se para 7,9%. A principal matéria-prima foi o óleo de soja, com 65% de participação, seguido do sebo bovino, com 12%.

Incentivada por ações regulatórias que viabilizaram a compensação da energia excedente produzida por sistemas de menor porte, a Micro e Mini Geração Distribuída atingiu 359,1 GWh, com uma potência instalada de 246,1 MW. Destaque para a fonte solar fotovoltaica, com 165,9 GWh e 174,5 MW de geração e potência instalada respectivamente.

Seguindo a tendência verificada na oferta, o consumo final energético e não energético avançou 1,2% em relação a 2016, com o destaque ficando para a expansão de 2,3% e 1,0% nos consumos dos setores de transporte e industrial, respectivamente.

Por fim, o consumo final de eletricidade no país registrou uma progressão de 0,9%. Os setores que mais contribuíram para este aumento foram o comercial e o industrial, com respectivos 1,5% e 1,1%. O setor residencial também apresentou aumento de 0,8% no consumo em relação ao ano passado.