A Vestas no Brasil firmou um acordo com o governo do Ceará para a produção de turbinas eólicas de V150 e 4,2 MW no estado. Com a parceria, a fabricante dinamarquesa confirma seu comprometimento com o mercado brasileiro e abre novos caminhos para a expansão de sua plataforma de 4 MW no país e na América Latina. A decisão foi assinada em reunião na última segunda-feira, 22 de outubro, entre o governador do Ceará, Camilo Sobreira de Santana, e Rogério S. Zampronha, presidente da Vestas no Brasil e Latam Sul.
Segundo a fabricante, o novo modelo V150-4.2MW é muito adequado para as condições de vento mais predominantes no Brasil, podendo fornecer excelente desempenho para os clientes. A nova instalação marca a continuidade da companhia no Ceará, local onde fabricou anteriormente as naceles de V110 – 2.0 MW. Os novos investimentos da companhia ultrapassarão os 23 milhões de euros, com a perspectiva de gerar 200 empregos diretos e 800 indiretos.
Zampronha enfatizou o Ceará como “um segundo lar para a Vestas no Brasil” e que a decisão de permanecer e ampliar a presença na região confirma o compromisso da empresa com o país. Para ele, isso é possível através da “mão de obra de alta qualidade, proximidade com o Porto de Pecém, muitas áreas de projetos, além do ambiente favorável às empresas fomentado pelo governo regional, o que tem sido um fator chave para esta decisão”, destacou.
A nova instalação proporcionará aos clientes da Vestas acesso à mais recente tecnologia do mercado de energia eólica e condições de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento, que contempla a aquisição de máquinas e equipamentos produzidos no Brasil. Nos próximos meses, a empresa decidirá se a planta de naceles permanecerá no município de Aquiraz (CE), local onde montou suas turbinas de V110-2.0 MW, ou se optará por outro local no estado.
A multinacional está presente no mercado brasileiro desde 2000, onde desempenhou um papel fundamental para o desenvolvimento da energia eólica. Atualmente, a companhia possui 1,5 GW instalados ou em construção no país, o que corresponde a cerca de 750 turbinas eólicas.