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O primeiro mês do período úmido na temporada 2018/2019 começa com uma boa indicação para o Sistema Interligado Nacional. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a previsão inicial é de que as vazões nos dois maiores submercados do país fiquem acima da média histórica. No Sudeste/Centro-Oeste é estimado que a energia natural afluente alcance 33.807 MW médios que equivale a 109% da média de longo termo e no Sul o volume é de 9.775 MW médios, 103% da MLT. No Nordeste é esperado 60% da média histórica com 3.236 MW médios e no Norte 78% com 3.175 MW médios.
A estimativa inicial em termos de carga é de uma demanda 2% acima do reportado no mesmo mês do ano passado. Se a previsão se confirmar serão 67.330 MW médios. Assim como as ENAs os dois maiores submercados devem apresentar as maiores elevações de carga com 2,4% no SE/CO, que pode levar a carga nessa região a 39.142 MW médios e no Sul aumento de 2,9%, para 11.506 MW médios. No NE é esperada expansão de 1,3%, para 11.113 MW médios e no Norte queda de 0,9%, para 5.569 MW médios.
Em sua análise o operador aponta que apesar do processo de recuperação gradual da economia brasileira, pode-se observar que o ritmo dessa retomada está aquém do esperado. Em contrapartida, continuou, com a expectativa da configuração do fenômeno El Niño durante o último trimestre do ano, espera-se a ocorrência de temperaturas elevadas, acima da média histórica, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, que juntos representam cerca de 76% da carga total do SIN.
Já no Nordeste a sinalização meteorológica indica a ocorrência de temperaturas elevadas e baixo nível de precipitação nas capitais da região, fazendo com que a carga prevista para novembro mantenha a sazonalidade esperada para o período. No Norte, apesar da redução na carga de um consumidor livre conectado na Rede Básica, as elevadas temperaturas que vêm sendo observadas em Manaus, superiores às esperadas para o período, tem contribuído para o crescimento da carga nesse subsistema em relação aos meses anteriores.
O Custo Marginal de Operação para a semana operativa que se inicia neste sábado, 27 de outubro, está equalizado em todos os submercados do país. O valor médio é de R$ 136,81/MWh, resultado dos patamares de carga pesado e médio em R$ 138,33/MWh e o leve em R$ 134,83/MWh. A estimativa inicial é de que o CMO fique nessa faixa ao longo de todas as semanas
De acordo com o ONS, houve deplecionamento, como era esperado, em quase todo o país. Os níveis iniciais em novembro estão estimados em 20,5% no SE/CO ante os 23,4% do início de outubro. No Nordeste, a queda foi de 3 pontos porcentuais, para 25,9% no próximo mês, no Norte a queda foi mais expressiva, 12,9 p.p. o que deve levar o nível inicial de novembro a 29,3% da capacidade total do submercado. No Sul houve aumento, enquanto em outubro ficou em 48% em novembro está estimado em 68,9%.
Já para o final de novembro a estimativa é de que os reservatórios do SE/CO fiquem com 20,4% da capacidade operacional ocupada. No Sul a previsão é de 65,9%, no NE em 26,1% e no Norte o mais baixo do Brasil com 19%.
O despacho térmico programado é de 5.660 MW, sendo 1.348 MW médios por ordem de mérito, 3.983 MW médios por inflexibilidade e outros 330 MW médios por restrição elétrica. Para a semana operativa houve oferta de energia do Uruguai e da Argentina, no entanto não há previsão de importação de energia para a próxima semana operativa em função do CVU dessas localidade estarem acima do CMO médio brasileiro.
Em termos meteorológicos, no início da semana deve ocorrer chuva fraca com períodos de moderada nas bacias hidrográficas dessas localidades e no alto e médio do São Francisco e do Tocantins. Para o final da semana há previsão de chuva fraca a moderada nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Paranapanema e Tietê e no trecho incremental a UHE Itaipu.