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A eleição do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República trouxe para especialistas a expectativa de que o novo governo trate do futuro, dando prosseguimento a temas da CP33 e garantindo a inserção de fato de novas tecnologias para o setor no país, como a Geração Distribuída. De acordo com João Carlos Mello, diretor da Thymos Energia, o novo governo também deve prosseguir com as privatizações, em especial a da Eletrobras, o que já havia sido tentado pelo atual governo. “Tem que consertar o passado, pensar no futuro e privatizar”, afirma.

A privatização da Eletrobras no governo que se inicia em 2019 também está nas expectativas de Claudio Sales, do Instituto Acende Brasil. Para ele, o setor está atrasado para encontrar soluções adequadas para problemas que já perduram e necessita ainda entrar nessa realidade futura que já se faz presente no resto do mundo, como GD, preço horário e oferta de preço. “Tem tanto abacaxis gigantescos para descascar quanto preparar o setor para esse mundo novo que já está presente” avisa. Sales cita que a volta da discussão na Câmara dos Deputados da Lei das Agências Reguladoras também seria adequada, assim como a continuidade dos trabalhos da CP 33. “Ela não abrange todas as questões regulatórias, mas dá um norte e até prazos”, observa.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, ressaltou a declaração do general da reserva Oswaldo Ferreira, da campanha de Bolsonaro, de explorar usinas com reservatório na Amazônia. Para o professor, isso significa que a fonte hídrica poderá ser uma prioridade para o governo. A expectativa do Gesel para o governo Bolsonaro é positiva, já que cargos em órgãos importantes como ONS, CCEE e Aneel têm mandatos o que inviabiliza mudanças bruscas. “Vemos com uma posição positiva o desenvolvimento da política energética do setor”, avalia. Ele não acredita que a privatização da Eletrobras não estará na pauta do governo Bolsonaro, já que o presidente eleito vem recuando sobre o tema e ela não é crucial para o setor.

Carlos Baccan, da Focus Energia, espera que o governo Bolsonaro trate com mais urgência a judicialização do setor e a expansão do mercado livre, além da continuidade do aprimoramento da governança do setor pelo ministério. Baccan elogiou o perfil liberal apresentado por Bolsonaro quando candidato e a abertura do diálogo ao setor. “Estamos bastante esperançosos com o caminho do setor após as eleições”, avisa.

O direto da Focus chamou a atenção para a escolha do nome do ministro de Minas e Energia. Segundo ele, dentre os nomes sugeridos, a volta de Fernando Coelho Filho para o MME seria bem vista, devido a sua gestão efetiva e a equipe técnica arregimentada. O nome de Luciano de Castro, que elaborou o programa de energia de Jair Bolsonaro, deverá largar na frente na escolha, para o professor Nivalde de Castro. Segundo ele, um político não deverá ser o indicado, como vem sendo feito nas últimas gestões. “Dificilmente um senador vai ser ministro”, pondera. Para João Mello, da Thymos, o novo ministro deve ter um perfil liberal, uma equipe com bons técnicos e olhar para o futuro. “Tem que pensar no futuro e não ficar olhando para o retrovisor”, aponta.