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A Celesc assinou nesta quarta-feira, 31 de outubro, contrato para a aquisição de financiamento de US$ 276 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. O financiamento é parte do valor total de US$ 345 milhões que a empresa busca no mercado e está em linha com o que o conselho sugeriu. De acordo com o presidente da estatal, Cleverson Siewert, o BID já tem uma relação antiga com o estado, já tendo financiado projetos em áreas como a agricultura e infraestrutura, o que facilitou a conversa. “Foi muito fácil falar com o BID. Poder buscar esse know how que o estado já tinha e aplicá-lo para a Celesc”, afirma.
O presidente da Celesc conta que o financiamento vai custear 60% das obras nos próximos cinco anos. Serão construídas 20 novas subestações e outras 31 serão ampliadas, além de 342 quilômetros de linhas de distribuição e compras de equipamentos para automação e TI. Essas melhorias vão trazer um aumento de 20% no ganho operacional. Ainda segundo Siewert, o perfil de endividamento muda, com juros da ordem de 4% ao ano. “A operação tem que ser comemorada, ela vai permitir que continuemos entregando bons serviços para a sociedade, com DEC, FEC e trazer uma nova lógica econômica para o dia a da companhia”, ressalta.
Quarenta e um porcento dos recursos conseguidos vão para a alta tensão, 48% serão destinados para a média e baixa tensão, enquanto os 11% restantes são para tecnologia e automação. Esse último montante indica que a inovação tecnológica também vai ser beneficiada com os recursos do financiamento. A distribuição de energia é uma das áreas do setor que mais tem demandado transformações nos últimos anos. “Automatização e digitalização são frentes muito atuais e que estão contempladas também no financiamento”.
O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, na assinatura do contato com o BID (Sabrina Domingos/Divulgação Celesc)
As conversas sobre o financiamento começaram em 2016, passando por aprovação do Governo Federal, por meio da Comissão de Financiamentos Externos, que trata da obtenção de recursos externos ao setor público. Em setembro de 2017, o projeto passou pela Assembleia Legislativa e teve o aval dos deputados para que o Governo do estado avalizasse o empréstimo. Em setembro deste ano, a operação foi aprovada pelo Senado Federal, seguindo para a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
Transição
Com a eleição do Comandante Moisés (PSL) nas eleições para o governo do estado, poderá haver mudanças na direção da empresa. Siewert acredita que a transição será tranquila, já que a Celesc tem um alto grau de governança corporativa na B3 e já há uma lógica montada com definições. “Quem vier tem um caminho bastante claro a ser desenvolvido. Não me parece que a transição seja um problema, nossas regras garantem a continuidade do sucesso que a companhia vem tendo”, avisa.