A oficialização da caducidade da concessão do chamado Lote A de transmissão da Eletrosul pode ser um dos atrativos para que a Engie Brasil Energia dispute o leilão dessa modalidade, previsto para ocorrer em 20 de dezembro. Composto por empreendimentos que estão conectados aos ativos da geradora, a companhia vê não somente nessas linhas, mas em todo o certame oportunidades de investimentos já que serão colocados um grande volume de projetos para licitar.
“Este será um certame com bastante oportunidades de investimentos e com um grande volume de recursos que deve nos dar oportunidade de competir. Lembro que somos investidores conscientes em termos de retorno dos investimentos. Devemos estar lá [no leilão] defendendo nossos interesses e partir para a competição analisando lotes específicos”, destacou o presidente da EBE, Eduardo Sattamini em teleconferência com analistas e investidores sobre o resultados da empresa sobre o terceiro trimestre de 2018.
O lote A do Leilão de Transmissão nº 004/2014, formado por oito linhas em 525 kV, nove linhas em 230 kV e cinco subestações em 230 kV. O empreendimento tem extensão de 2,2 mil km e investimento de R$ 4,1 bilhões. O início de operação comercial estava previsto para março de 2018. Nesta quinta-feira, 1º de novembro o MME publicou a portaria nº 466 no Diário Oficial da União com a declaração de Caducidade da Concessão dos referidos empreendimentos e, consequentemente, a sua extinção.
Outra notícia positiva, segundo Sattamini, foi a inclusão da solução do GSF no PLS 209 cuja emenda foi aceita pelo senador Fernando Bezerra (PSB-PE). Em sua avaliação a ideia é positiva e acredita que a proposta possa avançar, diferentemente do PLC 77 que continha além do GSF a questão da privatização das distribuidoras da Eletrobras, que foi rejeitada recentemente.