A primeira revisão semanal para a programação mensal de operação do mês de novembro apresentou relativa estabilidade em relação aos níveis de vazões que o Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgou uma semana antes. A energia natural afluente esperada para o encerramento do período manteve-se acima da média nos dois maiores submercados. No Sudeste/Centro Oeste a variação foi negativa, passou de 109% para 103% da média de longo termo e no Sul avançou 8 pontos porcentuais, para 111% da MLT. No Nordeste a queda foi de 1 p.p. para 59% e no Norte a mais expressiva, de 78% para 69% da média histórica.
A expectativa de carga manteve-se praticamente estável, sete dias atrás a estimativa era de crescimento de 2%, para essa semana elevou para 2,1% ao final de novembro. A maior variação ante sete dias atrás ficou no NE cuja expectativa aumentou de 1,3% para 3,5%. “A expectativa de manutenção das elevadas temperaturas e baixos índices de precipitação nas capitais da região, são os principais fatores que se associam à taxa de crescimento”, explicou o ONS. No SE/CO a estimativa é de expansão de 2,3% ante os 2,4% de uma semana atrás, no Sul caiu de 2,9% de crescimento para 1,2% e no Norte a previsão é de queda de 0,8%.
Com isso a perspectiva é de que os reservatórios continuem a deplecionar ante o volume do início de novembro em quase todo o país. A estimativa do ONS é de que no SE/CO seja verificado o volume de 19,1%, no Sul de 73,7%, no Norte em 18,6%. No NE o sinal é contrário, aumento para 26,3%.
O valor médio semanal do Custo Marginal de Operação continua equalizado em todos os subsistemas do SIN. Passou de R$ 136,81/MWh para R$ 143,93/MWh, refletindo os patamares de carga pesada e média em R$ 145,69/MWh e o leve em R$ 140,79/MWh. Devido ao valor do CMO em comparação com o CVU da energia ofertada pelo Uruguai há comando de importação de 150 MW médios, 340 MW médios e 550 MW médios nos patamares de carga pesada, média e leve, respectivamente.
Houve aumento de 5,83% no volume de energia térmica a ser despachada nesta semana operativa que começa no sábado, 3 de novembro. De acordo com o ONS estão previstos 5.990 MW médios. A maior parte é por inflexibilidade, com 3.926 MW médios. Por ordem de mérito serão 1.854 MW médios e outros 211 MW médios por restrição elétrica.
Em termos meteorológicos deve ocorrer chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu e Paranapanema e precipitação de intensidade fraca a moderada nas bacias hidrográficas do SE/CO, no Tocantins e no alto São Francisco.