A AES Tietê Energia apresentou lucro líquido de R$ 35,4 milhões no terceiro trimestre de 2018, uma queda de 6,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano esse índice é ainda menor, queda de 28,2%, passou de R$ 254,9 milhões para R$ 183,1 milhões. Já o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou sinal contrário com crescimentos de 29,8% e de 14,3%, respectivamente. A margem ebitda subiu também, em 2 pontos porcentuais e 0,5 p.p. nas bases trimestral e anual, alcançando 36,9% e 50,6%.
De acordo com a empresa, a implementação de uma nova estratégia de sazonalização da garantia física para diminuir a exposição ao mercado de curto prazo contribuiu para o crescimento de 30% do ebitda no trimestre. A iniciativa, continuou a empresa, trouxe um resultado positivo de R$ 64 milhões na margem comercial. E ainda, que a gestão do portfólio hídrico, por meio do monitoramento constante das exposições mensais e proveito de oportunidades comerciais também foi bem-sucedida e contribuiu com R$ 19 milhões no período para resultado da empresa.
A receita líquida somou R$ 459,4 milhões entre julho e o fechamento de setembro deste ano, incremento de 22,9%. Nos nove meses de 2018 o valor somou R$ 1,5 bilhão, aumento de 15,4% quando comparado ao mesmo período de 2017.
O volume total de energia gerada pelas usinas hidráulicas da AES Tietê Energia atingiu 2.033,1 GWh no trimestre, volume 32,9% inferior ao montante averiguado no mesmo período de 2017, 3.029,0 GWh. Esse resultado, explicou a geradora, é reflexo da piora na hidrologia no terceiro trimestre, que ocasionou a menor afluência na Bacia do Tietê, que corresponde por 35,2% da geração hídrica do período. A afluência média desta bacia verificada foi de 92% da MLT, uma queda de 20 p.p. quando comparada ao mesmo período de 2017, causando assim uma queda de 41,2% na geração dessas usinas. E ainda, a menor média do nível dos reservatórios da companhia entre os períodos, com destaque para a queda de 32,9% no nível de reservatório da Usina de Água Vermelha, que correspondeu por 60,1% da geração do período.
De janeiro a setembro o volume total de energia gerada pelas usinas hidráulicas foi de 6.621,1 GWh, uma queda de 25% quando comparado com 2017, 8.825,2 GWh, principalmente devido à queda da geração de 32,5% no período das usinas pertencentes à Bacia do Tietê.
Na fonte eólica a geração bruta do complexo eólico Alto Sertão II foi 9,3% inferior quando comparada ao mesmo trimestre do ano anterior, 470,2 GWh contra 518,6 GWh. No acumulado de 2018 a geração apresentou melhora e fechou o período com um incremento de 1,5% em comparação com 2017.
Os investimentos da AES Tietê Energia somaram R$ 115,1 milhões no terceiro trimestre, valor 562% maior que o montante investido no ano anterior. Nos nove meses do ano, os investimentos somaram R$ 284,6 milhões, valor 309% maior que o montante investido em 2017.
A dívida líquida consolidada ao encerramento do trimestre somava R$ 2,9 bilhões, montante 11,5% superior em relação à posição em 2017. A alavancagem da empresa, medido pela razão entre a dívida líquida e o ebitda ajustado aumentou de 2,7 vezes para 3x. Desde agosto de 2017, com a aquisição de Alto Sertão II, o limite estabelecido pelas dívidas da companhia passou de 3,5x para 3,85x durante o período de três anos.