A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, este é o maior valor desde 2011 e 4,7 vezes superior ao mesmo período do ano anterior. O resultado ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 85,7 bilhões, com margem de 33%. Esse desempenho, explicou a empresa, se deve às maiores margens nas exportações e vendas de derivados no Brasil, impulsionadas pelo aumento do óleo tipo Brent e depreciação do real. Além disso, acrescentou a petroleira, contribuíram para esse resultado o aumento nas vendas de diesel, a disciplina de controle de gastos e as menores despesas com juros, devido à redução do endividamento.
As vendas de energia elétrica no mercado livre somaram 843 MW médios no ano de 2018, aumento de 6%, no trimestre encerrado em setembro, contudo, houve queda de 7,9% para 754 MW médios ante os 819 MW do mesmo período de 2017. Já para o mercado regulado o volume destinado foi de 2.788 MW médios, queda de 9% nos nove meses do ano. Entre julho e setembro o volume recuou 8,8% ante os mesmos meses de 2017. A geração de energia no ano reduziu 14%, para 2.533 MW médios e no trimestre caiu 17,1% para 3.371 MW médios. Apesar disso, a empresa reportou que houve aumento na receita com vendas de energia elétrica, para R$ 1,9 bilhão, influenciado pela elevação do PLD e pela maior geração termelétrica, em função do menor nível dos reservatórios das hidrelétricas.
O lucro operacional atingiu R$ 51,5 bilhões, refletindo um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado.  A companhia alcançou esse resultado apesar da queda no volume total de vendas de derivados no mercado interno e dos maiores gastos com participações governamentais.
O fluxo de caixa livre permaneceu positivo pelo décimo quarto trimestre consecutivo, totalizando R$ 37,5 bilhões no acumulado do ano devido ao aumento da geração operacional. Houve, ainda, maior realização de investimentos nos nove primeiros meses do ano, totalizando R$ 32,3 bilhões, 10% superior ao mesmo período do ano anterior. Desse total, 89% foram destinados para a área de exploração e produção.
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras nos nove primeiros meses de 2018 foi de 2 milhões 617 mil barris de óleo equivalente (boe), 6% menor em relação ao mesmo período de 2017. Esse desempenho se deve, principalmente, ao desinvestimento dos campos de Lapa e Roncador.
A relação entre a dívida líquida e o ebitda ajustado apresentou nova redução, caindo de 3,67 vezes de dezembro de 2017 para 2,96 em setembro de 2018. Excluindo-se os recursos provisionados para o acordo de Class Action, a companhia apresentaria relação de 2,66x, próxima à meta anunciada no planejamento estratégico de reduzir de 2,5 vezes até o fim de 2018.
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras nos nove primeiros meses de 2018 foi de 2 milhões 617 mil barris de óleo equivalente (boe), 6% menor em relação ao mesmo período de 2017. Esse desempenho se deve, principalmente, ao desinvestimento dos campos de Lapa e Roncador.
O endividamento líquido da companhia diminuiu 14% nos primeiros nove meses deste ano em relação a dezembro de 2017, atingindo US$ 72,9 bilhões em setembro, o menor nível desde 2012. Com a queda da dívida, a despesa de juros caiu de US$ 5,7 bilhões, nos nove primeiros meses de 2017, para US$ 4,5 bilhões, no mesmo período de 2018.
Entre os destaques que a empresa apontou está o estabelecimento de parcerias com Equinor para negócios no segmento de energia eólica offshore no Brasil, com a Total no segmento de energias renováveis e com a CNPC, no projeto do Comperj e cluster de Marlim.