A geradora de energia elétrica AES Tietê poderá comprimir com o compromisso de expandir sua capacidade de geração no Estado de São Paulo com investimentos em projetos de geração distribuída e/ou no mercado livre, informou o presidente da companhia, Ítalo Freitas. A companhia tem um acordo com o estado para expandir sua capacidade de geração. Cerca de 80% (317 MW) desse compromisso já foi cumprido, restando construir 81 MW, com prazo de entrega em até 6 anos.

Em teleconferência realizada nesta semana, Freitas explicou que a empresa poderá seguir duas estratégias para cumprir o acordo: construir 80 MW via mercado regulado, ou optar por expandir a capacidade de geração via mercado livre e/ou geração distribuída, o que reduziria essa necessidade para 40 MW.

“Existe um fator multiplicador que para cada 1 MW de mercado livre equivale a 2 MW no mercado regulado. Eu posso cumprir esses 40 MW vendendo energia para um cliente final no mercado livre, por exemplo para uma indústria”, disse o executivo.

Essa expansão, inclusive, pode ser alcançada aproveitando os terrenos dos projetos solares em construção (Boa Hora e AGV Solar). O complexo, localizado na cidade de Ouroeste, Estado de São Paulo, possui início de operações faseada, tendo a primeira delas início previsto ainda para 2018 e a segunda em meados de 2019. O investimento nesses projetos totaliza R$ 150 milhões.

A resposta de Freitas surgiu porque um analista de mercado questionou a estratégia futura de alocação de capital da companhia, pois saiu na mídia que a empresa está de olho no complexo solar Alto Sertão III, na Bahia, da Renova. “Alto Sertão 3 é um projeto que está no mercado e naturalmente está ao lado do Alto Sertão 2 e, como os outros, a gente analisa e vê se o projeto tem um retorno interessante”, limitou-se a responder o executivo.

GSF

Com a queda da liminar que protegia os associados da Apine de pagarem pelo risco hidrológico (GSF), a empresa disse que negociando com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) medidas para parcelar o pagamento. Independe do resultado das negociações, empresa afirmou que tem R$ 934 milhões em caixa para cobrir eventual custos relacionados ao GSF. Caso a companhia tenha que desembolsar esse dinheiro num curto espaço de tempo, haverá um aumento do endividamento líquido da empresa, hoje em R$ 3 bilhões.