A CPFL Paulista registrou 1,8 milhão de clientes sem energia entre janeiro e setembro de 2018 por conta de interferência da vegetação na rede elétrica. A concessionária contabilizou 13.646 ocorrências no período relacionadas à queda de árvores e ao toque de galhos na fiação elétrica, que deixaram os consumidores, na média, 4:36 horas sem energia elétrica.
Como as redes de distribuição de energia no Brasil são aéreas, o lançamento de objetos nos fios e cabos está entre as principais causas de interrupção do serviço. Segundo dados da área operacional da companhia, a interferência da vegetação na rede representa a causa de 10,9% dos casos de falta de energia. Esse tipo de ocorrência torna-se mais comum durante a época de chuvas, entre os meses de outubro e março, quando há temporais e vendavais que derrubam árvores e galhos sob a fiação.
Em que pese os números expressivos, a CPFL Paulista registrou uma redução de 5,1% no número de ocorrências relacionadas à vegetação na comparação entre janeiro e setembro de 2018 e o mesmo período de 2017, quando foram aferidos 14.394 casos relativos ao tema. Essa diminuição está associada aos investimentos da empresa na instalação de fios mais resistentes aos toques de galhos das árvores, como space cables e os cabos multiplexados, e as ações de podas preventivas executadas nas cidades da área de concessão.
Estatísticas apuradas pela área operacional da distribuidora mostram que Campinas é a cidade da área de concessão que registra o maior número absoluto de ocorrências por vegetação, totalizando 1.244 casos (13,13% do total das ocorrências de falta de energia) e afetando 185,3 mil clientes. Em seguida vem Piracicaba, com 455 (11,31% do total e 60,5 mil consumidores), e Araçatuba, com 432 (18,86% e 39,1 mil clientes).
Entre as cidades com o maior número de ocorrências, Itatiba lidera o ranking em relação à quantidade total de interrupções de energia. No município, a vegetação foi responsável por 23,24% dos casos de falta de energia entre janeiro e setembro de 2018 na cidade. Em segundo lugar vem Araçatuba, com 18,86% das ocorrências, seguida por Marília, com 14,85% dos casos.
Ainda no ranking das 10 cidades mais afetadas, São Carlos é a que registra o maior tempo médio de duração das interrupções causadas por árvores entre janeiro e setembro de 2018. No período, os clientes da CPFL Paulista ficaram 4h57 sem energia por conta da vegetação. Em segundo lugar está Araraquara, com 4:25 horas, seguida de Itatiba, com 4h20 sem energia devido à interferência de árvores e galhos na rede.