O ministério de Minas e Energia continua atuando para viabilizar o leilão da distribuidora Amazonas Energia (AM). De acordo com o titular da pasta, Moreira Franco, o objetivo é fazer com que na data do certame haja interessados na compra da concessionária. “Estamos trabalhando para fazer o leilão no sentido que ele não dê vazio”, afirmou o ministro, em evento sobre hidrelétricas realizado nesta segunda-feira, 12 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ). Ele descartou que o governo assuma um parte da dívida bilionária da distribuidora, alegando que quer preservar a empresa, o erário e o serviço.
Na última semana, a Equatorial Energia, que arrematou a Cepisa (PI), revelou que teria dificuldade de participar do leilão de privatização por conta da complexidade do processo. A Energisa, que arrematou a Ceron (RO) e a Eletroacre (AC), já disse que não tem interesse nessa privatização.
O ministro também disse que o MME está empenhado para apresentar um modelo de negócio para a usina de Angra 3. Ele quer a entrada do capital privado e o aumento da capacidade produtiva. Chamando o modelo atual de ‘soviético’, uma vez que ele é muito concentrado, o ministro o vê como um impeditivo para o modelo atual, com mais atores. “Precisa ter mais atores, não podemos ficar convivendo só com as grandes empresas, precisamos de diversificação”, observa.
O problema do GSF, disse o ministro, está sendo tratado no ambiente regulatório, sob orientação da Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo ele, essa condução fortalece o papel da agência no setor e no mercado, melhorando o ambiente de negócios.