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A italiana Enel pretende investir 27,5 bilhões de euros no período entre 2019 e 2021, um aumento de 11,8% quando comparado ao plano anterior da empresa para o triênio de 2018 a 2020 que estava planejado em 24,6 bilhões de euros. Segundo os planos da companhia, divulgados em seu evento anual Capital Market Day, esse aporte deverá resultar em um incremento do resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3,2 bilhões de euros, um crescimento de 20% quando comparado ao plano revelado no ano passado. No foco estão a descarbonização ao mesmo tempo em que vê o aumento da eletrificação, urbanização e e digitalização no modelo de negócio das utilities em todo o mundo.
Segundo o comunicado da empresa, “o plano estratégico da Enel está desenhado para maximizar as oportunidades criadas por meio da transição energética e para minimizar os riscos associados”. O plano anunciado nesta terça-feira, 20 de novembro, mantém os pilares centrais de planos anteriores, que serão implantados com base na criação de valor sustentável de longo prazo. O novo plano direciona gastos adicionais de 4 bilhões de euros em crescimento orgânico no negócio de renováveis. Dos valores indicados, mais de 50% desses investimentos em ativos já estão iniciados, o que já proporciona uma visão mais ampla da evolução dos ganhos financeiros indicados.
Dos valores indicados a serem investidos a maior área de aportes será justamente a de renováveis com 42% do total, ou 11,5 bilhões de euros. Em seguida vem as redes com 40% do total, com quase 11 bilhões de euros, 5% em varejo, 4% para o desenvolvimento da Enel X e 9% em geração térmica. No aspecto de mercados foco da empresa está o Brasil, ao lado de Itália, Espanha e Chile.
A estimativa da empresa, no geral, é de que os investimentos planejados globalmente em renováveis elevem a capacidade de geração instalada em 11,6 GW resultando em uma geração de 1 bilhão de euros em ebitda. Ao mesmo tempo a empresa verá uma redução de sua capacidade térmica de 7 GW. Com isso, ao final do período 62% da produção de energia da Enel será por meio de renováveis, contra uma estimativa de alcançar 48% ao final deste ano.
Em redes, os investimentos serão feitos em algo como 66% em mercados classificados como maduros para a expansão de infraestrutura inteligente. A estimativa é de que este negócio possa gerar mais 1,2 bilhão de euros em geração de caixa no triênio. E no que se refere ao Brasil, destaque foi dado à integração da Eletropaulo, adquirida em junho do grupo americano AES. Segundo o executivo chefe da empresa, essa aquisição reforça a posição da companhia em grandes cidades da América Latina.
A Enel destacou em seu comunicado que em termos de eficiência operacional o alvo de 1,2 bilhão de euros deverá ser o resultado de melhorias por meio da digitalização em todos os nichos de mercado onde atua o que resultará em uma redução nas despesas operacionais em 8,1 bilhões de euros, segundo o plano da companhia italiana. Desse valor serão 36% no segmento de varejo, 23% em reduções relacionadas ao negócio de geração térmica por meio da evolução em digitalização de ativos e análise preditiva.
Com esse planejamento a companhia tem como meta ainda a geração de valor aos seus acionistas em 400 pontos base em 2021, comparado com os 250 pontos base de 2018. A estimativa ainda é de pagar cerca de 70% de dividendos de seu lucro líquido até 2021 e estabeleceu como o dividendo mínimo para o período deste plano plurianual em 0,32 euros por ação.
No comunicado oficial, divulgado antes do início do evento, a Enel destacou que desde 2015 tem entregado todos os resultados colocados no alvo de seus planos com um importante aumento na geração de fluxo de caixa da companhia, bem como no crescimento da companhia e na remuneração do acionista. “Hoje a Enel é uma empresa mais sustentável, eficiente, rentável e uma organização com menos risco”, apontou o CEO e diretor geral da empresa Francesco Starace. “Nós vamos ficar cada vez mais digitais”, definiu ele durante sua apresentação a analistas e investidores.
*O jornalista viajou a convite da Enel