fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
O apetite da Enel por novas aquisições no Brasil está limitada apesar de a empresa considerar, em geral, que há oportunidades de negócios de médio e pequeno porte em nível global. A companhia deverá se concentrar no trabalho de integração da Eletropaulo (SP), nos investimentos em geração e serviços. No total para o país a empresa destinará 4 bilhões de euros entre 2019 e 2021, o dobro do que foi indicado no plano para 2018 a 2020.
De acordo como CFO da Enel, Alberto De Paoli, desse total serão 2,2 bilhões de euros em distribuição, 1,6 bilhão de euros em renováveis e mais 200 milhões de euros em serviços.
O CEO e diretor geral da Enel, Francesco Starace, disse em entrevista coletiva realizada após a apresentação da companhia no evento anual Capital Markets Day, que está com alta expectativa com o novo governo e sua intenção de trazer crescimento econômico para o país, assim como vem sendo afirmado, com a realização de reformas em geral, mas sem especificar quais seriam as reformas a promover esse crescimento.
“Eu acho que nós temos grandes expectativas do novo governo, para restabelecer um crescimento da economia brasileira, com um mix de privatizações e reformas. As declarações do governo incentivam nessa direção”, declarou ele.
A companhia apontou mais cedo que o país deverá liderar o crescimento da capacidade de geração da Enel no plano de investimentos que começa em 2019 e vai até 2021. O Brail deverá apresentar o maior incremento nessa forma de geração com 41% das novas capacidades que serão adicionadas no período, ou 2,05 GW de um total de 5 GW.
Além disso, a empresa vê um potencial de dobrar a capacidade de geração de resultado operacional da Eletropaulo nesse mesmo período, para 700 milhões de euros. O investimento estimado na concessionária paulista nos próximos três anos é de aproximadamente 750 milhões de euros. O volume de energia distribuída em 9% ante os 43 TWh estimados no consolidado de 2018, indicadores de qualidade melhorados em 170 pontos base e o Opex por usuário final reduzido em 30% de 62 euros para 44 euros por consumidor.
“Estaremos extremamente ocupados trabalhando dentro das aquisições de Eletropaulo e Celg, finalizando a restruturação e depois na modernização dos ativos”, indicou o CEO.
Aparentemente, a empresa não deve se interessar por novas aquisições no Brasil, apenas investimentos no crescimento orgânico nos segmentos em que atua. Nem mesmo a Eletrobras e a perspectiva de privatização da companhia deverá ser alvo caso a venda da companhia avance sob o novo governo que assumirá o poder executivo a partir de janeiro.
*O repórter viajou a convite da Enel