A carga verificada em outubro apresentou crescimento de 1,4% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior, com 67.378 MW médios. Segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira, 23 de novembro, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico em seu Boletim Mensal de Carga. Com relação ao mês de setembro há uma variação positiva de 3,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN também apresentou aumento de 1,4% em relação ao mesmo período anterior. Considerando os valores ajustados, que excluiu os fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, aumento da carga no mês é de 0,9%.
Por submercado, a carga ajustada no Sudeste/Centro-Oeste teve crescimento de 0,7% (39.390 MW médios) no mês e de 1,6% no acumulado de 12 meses. No Sul esses indicadores somaram 0,8% e 1,7% (11.129 MW médios), no Nordeste (11.364 MW médios) está o maior índice mensal com 4,6% e nos últimos 12 meses com 1,9% enquanto no Norte (5.495 MW médios) o sinal é inverso com quedas de 4,6% e de 1,7%, respectivamente. A taxa de crescimento de 0,9% na carga ajustada do SIN, explicou o ONS, indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram negativamente com 0,5% para a taxa de variação da carga do SIN em outubro.
O maior número de dias úteis compensou o efeito da ocorrência de temperaturas inferiores às verificadas no mesmo mês do ano anterior no SE/CO. Além disso, o ritmo da recuperação econômica abaixo do esperado e a incerteza eleitoral contribuíram também para o desempenho da carga do mês de outubro. Por deter cerca de 60% da carga industrial do SIN, o recuo do índice de confiança da indústria explica parte do crescimento da carga nessa região.
No Sul, a carga de energia verificada em outubro no subsistema Sul indica variação positiva de 2,2% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. A variação positiva de 0,8% da carga ajustada mostra que os fatores fortuitos (maior número de dias úteis em relação ao mesmo mês do ano anterior) contribuíram positivamente com 1,4% em outubro/18.
Já para o NE, a maior taxa de crescimento na carga é atribuída aos baixos índices de precipitação nas capitais da região ao longo do mês e a ocorrência de temperaturas acima da média, superiores ao mesmo mês do ano anterior, explicam a significativa variação da carga. E no Norte continua a queda em decorrência, principalmente, pela redução da carga de um consumidor livre da Rede Básica que vem se mantendo desta forma desde meados de abril.