A Itaipu Binacional será parceria da ONU Mudanças Climáticas para apresentar as melhores práticas do setor durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 24, que acontecerá em Katowice, Polônia, entre 2 a 14 de dezembro. A parceria com a binacional, demonstra o reconhecimento de como a energia hidráulica em questão pode prover eletricidade em larga escala, ao mesmo tempo em que evita as emissões de gases de efeito estufa.

A usina abastece cerca de 15% do consumo energético brasileiro e 86% do paraguaio, além de deter o recorde mundial de geração anual, com 103,1 milhões de MWh gerados em 2016. À título de comparação, para uma produção de energia equivalente a partir do uso do petróleo como fonte, seriam necessários mais de meio milhão de barris por dia.

Na apresentação do acordo, a UNFCCC reconheceu que, embora projetos de grandes usinas como a Itaipu apresentem inicialmente impactos ambientais e sociais, no caso da binacional, estes foram compensados pelos cuidados ambientais na região em torno do reservatório. E a empresa vai além da compensação, atuando em diversas frentes para o desenvolvimento sustentável das comunidades localizadas na fronteira entre os dois países.

Conforme a ONU Mudanças Climáticas, embora a evolução das energias solar e eólica venha sendo o carro-chefe da transição para uma economia de baixo carbono, a hidroeletricidade permanece como um dos pilares da matriz energética em algumas partes do globo, como na América Latina, onde representa mais de 80% da capacidade instalada, segundo a Agência de Energia Renovável Internacional.

É por isso que a fonte hidráulica tem um papel-chave a desempenhar no Acordo de Paris, em que 175 países do mundo inteiro se comprometeram com a ação climática, com objetivo de limitar o aumento da temperatura global e seus efeitos mais adversos, como secas e tempestades mais severas.

Parceria com a UNDESA

A empresa também estabeleceu uma parceria, Soluções Sustentáveis em Água e Energia com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU – UNDESA, em março de 2018, e lançará a plataforma para essa iniciativa durante a COP 24.

O objetivo é construir uma rede global multi-stakeholder que permitirá o incremento de capacidades, diálogos e cooperação em vários níveis para facilitar a implementação da Agenda 2030, particularmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 (Água Potável e Saneamento) e 7 (Energia Limpa e Acessível), que estão fortemente conectados com o ODS 13 (Ação Climática).

O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm, afirmou que as mudanças climáticas desafiam governos, empresas e outras organizações a trabalharem em conjunto para construir um futuro sustentável para todos. Na sua visão “Itaipu não deve apenas gerar energia limpa e renovável, mas também promover a segurança hídrica, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento social no Brasil e no Paraguai”.