fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Previsto para entrar em vigor em 2020 e com a operação sombra programada para o ano que vem, o preço horário deverá exigir dos agentes de mercado um cuidado maior com o volume de dados necessários para a operação. De acordo com Edson Silva, diretor de estratégia e regulação da Engie Brasil Energia, muita informação vai precisar ser acessada. “Vai precisar extrair valor e para isso tem que acessar informação e é muita informação que tem que ser acessada”, afirma o diretor, que participou de painel nesta sexta-feira, 23 de novembro, da décima edição do Encontro Anual do Mercado Livre, em Mata de São João, na Bahia.
Segundo ele, a empresa já vem se preparando e ao longo desse ano, com uma estrutura para atuar nessa área, aumentando o efetivo e investindo em automação de processos, com o uso de robôs para acessar informação e processar os casos. Com atuação em vários países do mundo, a Engie vem contando com auxílio internacional para esse processo. Na próxima semana, haverá um seminário interno com funcionários europeus do grupo. “Se tem um conhecimento dentro do grupo que pode ser apropriado, é o melhor caminho”.
Na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a preparação para o preço horário também está seguindo seu curso. Segundo o diretor Roberto Castro, para 2019 a meta é intensificar a interação com mercado e agentes. A partir de agora, já serão divulgados os valores individualizados dos impactos nos resultados dos agentes com base no preço horário. “Agora a gente vai entregar isso para o mercado e espera o retorno em um workshop em 19 de dezembro, que já vamos capturar a sensibilidade e o mercado em cima daquilo que estamos produzindo”, avisa.
Ainda segundo Castro, o entendimento é que está havendo participação dos agentes nessa fase, uma vez que o preço horário tem interferências importantes no mercado. “Nossa interação tem sido muito intensa, com os vários agentes. Há questões importantes que vão permear uma nova forma de comercializar energia e o posicionamento do mercado como um todo”, aponta.
O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, lembrou que o preço horário já deveria ter entrado em operação há mais de uma década. Porém o racionamento de 2001 foi um dos impeditivos. A matriz ainda era hidrotérmica, com foco na hídrica e uma granularidade temporal pouco importante. Com as renováveis, o problema se agravou. Ele classifica que é fundamental a adoção da nova modalidade de preço e também espera que o mercado esteja preparado e com condições para o preço horário. “Nossa intenção no ONS é já a partir de 2019 colocar no nosso site nossas simulações”, avisa.
O passo seguinte ao preço horário, seria a oferta de demanda. Porém essa fase, que traria uma precificação melhor, demoraria alguns anos. Silva, da Engie, acredita que três anos seria o prazo ideal. Barata quer que o setor se organize para definir o tempo ideal.