A Cemig GT informou que a falta de acordo com a GP Investments em relação ao preço das ações da Light frustrou a negociação para venda de sua participação na empresa carioca de energia elétrica. “Não se chegou acordo sobre preço em função da diferença de expectativas”, esclareceu Daniel Faria Costa, diretor de Gestão de Participações, em teleconferência com analistas de mercado nesta quarta-feira, 28 de novembro.

Apesar da frustração, Costa afirmou que a orientação do Conselho de Administração é continuar buscando um comprador para essas ações, bem como perseguir a redução da alavancagem da Light. A Cemig possui de forma direta 26,06% do capital social da distribuidora.

[A venda] não deu certo por uma contingência, mas devemos ressaltar a qualidade do nosso parceiro que estava negociando a compra, nada está descartado”, disse Maurício Fernandes, diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig. Ele garantiu que o plano de desinvestimento continua.

“Já conseguimos telecom e outros desinvestimentos que já relatamos. Trabalhamos fortemente em Light e não deu certo momentaneamente, mas vejam que o estatuto da empresa foi modificado e ela já está preparada para o passo seguinte”, reforçou o executivo.

Fernandes também anunciou a criação da Diretoria de Eficiência Operacional, que será composta por funcionários de carreira da própria Cemig. A função dessa diretoria será propor para administração ações para melhorar a eficiência operacional da companhia.

A Cemig divulgou fato relevante informando que a RME – Rio Minas Energia Participações vendeu 4,350 milhões de ações do bloco de controle da Light, que representam 2,13% do capital social, pelo valor de R$ 64,4 milhões. A companhia informou que, com essa venda, a soma das participações da Cemig, RME e Luce Empreendimentos e Participações S.A. no capital social da Light, passou a ser de 49,99%.