A Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), instituição membro do Grupo do Banco Mundial para o setor privado, estimou que a região da América Latina e do Caribe tem oportunidades de investimentos climáticos de cerca de US$ 5 trilhões até 2030. Esse dado consta do relatório Climate Investment Opportunities in Cities 2018, elaborado pela entidade e aponta os setores de construções verdes (US$ 4,1 trilhões), veículos elétricos (US$ 285 bilhões), água (US$ 228 bilhões), energia renovável (US$ 226 bilhões), transporte público (US$ 109 bilhões) e gestão de resíduos (US$ 37 bilhões).
Segundo o estudo, a região da América Latina e do Caribe é a segunda mais urbanizada do mundo, motivo pelo qual suas cidades enfrentam fortes necessidades habitacionais, já que quase um quarto da região vive em assentamentos informais. Este desafio, destacou a IFC, também apresenta uma oportunidade para o desenvolvimento de edifícios verdes, bem como para o setor de transportes, uma vez que as cidades buscam desenvolver soluções integrais para crescer de maneira ordenada.
O relatório analisa as metas e planos de ação relacionados ao clima das cidades em seis regiões: Ásia Oriental, Ásia Meridional, Sul da Ásia, Europa e Sul da Ásia, África Subsaariana, Oriente Médio e Norte da África, América Latina e Caribe. Abordagens inovadoras são descritas que as cidades já estão aplicando – por exemplo, títulos verdes e parcerias público-privadas – para atrair capital privado e gerar resiliência urbana.

Na avaliação da IFC, como mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas, as cidades consomem mais de dois terços da energia mundial e respondem por mais de 70% das emissões de dióxido de carbono. A maneira como as cidades lidam com a mudança climática será crucial no contexto dos esforços para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

O relatório aponta que as cidades nos mercados emergentes do mundo têm um potencial para atrair mais de US$ 29,4 trilhões em investimentos relacionados ao clima.