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O cenário de afluências mostrou uma melhoria significativa para o último mês de 2018. As projeções iniciais para a energia natural afluente no país para dezembro estão próximas à média de longo termo. Até mesmo no Nordeste, que enfrenta por meses seguidos volumes de vazões significativamente abaixo da média está com previsão de alcançar ao final deste ano o nível de 91% da MLT. No Norte a expectativa é de fechar o período em 90% da média, enquanto no Sul é de 83% e no maior submercado, o Sudeste/Centro Oeste é de 121% da média histórica.

A previsão de carga é de crescimento de 1,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Se confirmar essa projeção representará 67.483 MW médios de demanda. O maior indicador de expansão está no NE com 2,6%, no SE/CO em 1,9%, no Sul é esperado em 0,4% e no Norte a única retração com 3,6%.

Ao mesmo tempo, a projeção do Operador Nacional do Sistema Elétrico, divulgada na reunião do Programa Mensal de Operação para dezembro é de um replecionamento mais acelerado dos reservatórios. A estimativa é de que o nível operativo saia de 24,2% nesta sexta-feira, 30 de novembro, para 33,5% ao final de 2018. No NE o índice projetado é de 30,1% para 42,9%. Nas outras duas regiões ainda são projetadas quedas, no Sul de 69,8% para 66,6%, enquanto no Norte de 22,6% para 19,5%.

Com isso, o Custo Marginal de Operação médio para a semana operativa que se inicia neste sábado, 1º de dezembro, recuou para R$ 54,14/MWh em todo o país. Esse valor reflete o valor de R$ 54,46/MWh nos patamares de carga pesada e média e de R$ 53,57/MWh na leve.

Ainda assim há a ordem de despacho térmico semelhante ao da semana passada. Para a partir de amanhã são previstos 4.351 MW médios, pois a maior parte, ou 3.131 MW médios são classificados por inflexibilidade, 910 MW médios por ordem de mérito e há ainda 311 MW médios por restrição elétrica. No PMO de dezembro houve oferta de energia do Uruguai, para a semana operativa por meio das conversoras de Rivera e Melo, em consonância com oferta de energia declarada pela Eletrobras. E não houve declaração de oferta de energia da Argentina, feito pela Tradener. Contudo, não foi ordenada a importação em nenhum dos casos.