A crescente inserção de renováveis nas matrizes energéticas deve ganhar um forte aliado que pode impulsioná-las ainda mais: as tecnologias de armazenamento. Fontes como eólica e solar são intermitentes, não sendo possível garantir a quantidade de vento ou sol que estarão disponíveis exatamente em cada hora do dia, ou ainda controlar a energia injetada em cada instante nestas plantas de geração. Com as baterias, há a oportunidade de que o despacho seja previsível, uma vez que elas poderão armazenar a energia gerada por uma planta. “Se o sistema não estiver precisando, ele vai carregar as baterias e se o sistema estiver precisando, mas não tem vento ou sol suficientes, a bateria pode estar se descarregando, trazendo flexibilidade para o sistema”, explica Rodrigo Salim, líder de soluções digitais do negócio de Grid Solutions da GE.

De acordo com ele, as baterias também serão importantes porque mais eólicas e solares poderão se conectar no sistema. Ele conta que em países como Inglaterra e Estados Unidos, o tema tem se desenvolvido rápido. Na América Latina, Chile e México estão na frente, com o país da América do Sul devendo estar com seu mecanismo operacional pronto em 2020. Segundo o executivo da GE, o Brasil ainda não tem regulação sobre o assunto. A criação de um mecanismo de mercado é necessária. O preço horário, que está se iniciando no mercado, vai potencializar o armazenamento de energia. “A granularidade horária é essencial para a bateria, porque ela promove a regulação de energia ao longo de um dia e nós estamos iniciando agora isso no Brasil”, avisa.

Com uma participação crescente das fontes eólica e solar – a fonte eólica deve chegar em 14% da capacidade instalada até 2026 e a energia solar já chegou no seu primeiro gigawatt – o Brasil é um mercado potencial para as tecnologias de armazenamento. Para Salim, por ser o maior sistema elétrico da América Latina e ter um crescimento constante de renováveis, a expectativa é grande. “Para nós, é um mercado prioritário “, aponta. Ele também vê interesse nos players brasileiros de investir em baterias, mas essa vontade esbarra na falta de regulamentação que ainda não veio. “Estão todos em compasso de espera”, observa.

O executivo da GE vê na antecipação da regulação do mercado um benefício para o setor. Segundo ele, o planejamento por antecipação faz com que haja uma adequação do mercado, trazendo o sinal de preço certo para o serviço. “Todos os players conseguem se planejar de maneira adequada e também conseguem garantir a transição do sistema de maneira segura e garantindo a confiabilidade”, explica.

Após uma eventual regulamentação, o tempo de entrada no mercado das baterias não seria longo, já que as regras de interconexão seguiriam padrões internacionais já utilizados. Enquanto as regras não chegam por aqui, a GE já tem uma solução pronta para o armazenamento de energia:o GE Reservoir é uma plataforma de armazenamento de energia que permite a complementaridade com a energia renovável, de modo a melhorar o desempenho da rede e reduzir seus custos. Um dos diferenciais da solução está na simplicidade da sua montagem, já vindo com os contêineres montados da fábrica com as baterias.

Esse diferencial da montagem traz uma redução em torno de 15% no preço final de um sistema de baterias, já que o custo de instalação hoje é de cerca de 30% do custo total de uma planta,. “Não é necessário fazer a montagem dentro do site, já vem montadas, reduzindo o tempo e o custo de instalação”, detalha. O sistema de gestão das baterias próprio da GE também consegue enviar comandos para cada célula de armazenamento, permitindo utilizar baterias novas com baterias velhas no mesmo contêiner. A empresa já tem mais de 200 MWh instalados ou em construção no mundo. Na América Latina, já há projetos nas ilhas de Martinica e de Guadalupe.

(Nota da Redação: Conteúdo patrocinado produzido pela equipe da Agência CanalEnergia)