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O presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, deixou escapar nesta segunda-feira, 10 de dezembro, que a empresa se prepara para participar do próximo leilão de transmissão, marcado para o próximo dia 20. A empresa entrou em 2016 no segmento de transmissão e já em abril de 2017 sagrou-se a maior vencedora de um leilão do tipo, assumindo compromissos de investir R$ 3,1 bilhões até 2023 com a construção de cerca de 1,2 mil km de linhas e quatro subestações.
Questionado sobre o interesse da empresa em aquisições de projetos em operação, Setas disse que o foco da empresa no setor de transmissão são novos projetos. “Estamos olhando projetos greenfield, em particular para esse leilão que vem pela frente dia 20″, disse o executivo em resposta a jornalistas em São Paulo, em evento promovido pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
Setas disse que está com a “expectativa elevada” em relação ao Brasil, visto que o setor energético do país demandará investimentos da ordem de R$ 1,4 trilhão até 2027. “O Brasil é um destino de investimento incontornável. O Brasil representa hoje 50% do consumo de energia elétrica da América Latina, portanto, qualquer investidor que quer estar na América Latina tem que estar no Brasil”, disse.
O executivo revelou que a empresa, inclusive, está estruturando soluções que permitam o financiamento em dólar. Setas disse que o assunto está em fase preliminar, mas que as propostas são de emissões em dólar com contratos de longo prazo, de 30 anos, com custo competitivo.
“Temos pela frente investimentos gigantes e acho que estamos aqui, como os demais investidores, com a expectativa elevada pelo que vem pela frente”, disse Setas, que elogiou a regulação brasileira, classificando-a como estável, sofisticada e com incentivos corretos.
O próximo leilão de transmissão organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ofertará 18 lotes, que demandarão investimentos da ordem de R$ 13,5 bilhões dos vencedores, com contratos de 30 anos.
Setas comentou que os recentes leilões de linhas tiveram a rentabilidade espremida, o que explicaria a falta de sucesso da EDP, contudo, provocou os concorrentes dizendo que esses investidores não têm “bolsos ilimitados”.