A Micropower-Comerc, empresa criada a partir da união das empresas Comerc Energia e Micropower Energy, anunciou nesta terça-feira, 11 de dezembro, os primeiros contratos para fornecimento de serviços de armazenamento de energia no Brasil. Serão instaladas três baterias, uma no Nordeste e duas em São Paulo. Nome do cliente, que é um consumidor cativo, não pode ser revelado, bem como o valor dos contratos. A previsão é que os sistemas de baterias estejam operando ainda no primeiro trimestre de 2019.
O modelo de negócio da Micropower-Comerc não exigirá investimento do cliente. A remuneração pelo serviço será feita por meio da economia gerada pelas baterias. A Micropower-Comerc receberá um percentual do valor que o cliente deixou de gastar com energia elétrica em função do sistema.
Segundo Krapels, a potência dos três sistemas somadas alcança 1 MWh. A expectativa é que esse sistema ofereça uma geração mensal de 22 MWh. A bateria será carregada no período noturno, onde o custo da energia é mais barato em função da baixa demanda da rede. A energia da bateria será utilizada para modular a carga do cliente, mas também poderá ser utilizada como back up para situações de emergência em caso de interrupção do fornecimento da rede.
A manutenção e a operação dos sistemas de armazenamento serão de responsabilidade da Micropower-Comerc. O grande segredo do negócio, de acordo com Cristopher Vlavianos, está no software que gerencia a bateria. O executivo disse que a ideia é ter vários fornecedores de bateria e a escolha do equipamento será de acordo com a necessidade do cliente.
Vlavianos explicou que a utilização dessas baterias não exigirá mudanças na regulação. “Para essa instalação não precisará de mudança regulatória, funcionará como se fosse um gerador de back up.”
As baterias terão 15 anos de vida útil. O custo médio do KWh instalado é de US$ 450,00. Segundo Marco Krapels, ex-vice presidente da Tesla Energy e fundador da Micropower Energy, o custo da bateria vai cair mais rápido do que o da energia solar. Ele contou que nos últimos cinco anos o custo das baterias de lítio caiu 50% e a perspectiva é que nos próximos 3 anos esse percentual de redução deverá se repetir.