A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na última terça-feira, 11 de dezembro, o primeiro reajuste tarifário da Eletroacre após o leilão de privatização que resultou na transferência do controle da empresa para a Energisa.

Os consumidores residenciais perceberão um aumento de 19,8%, enquanto os industriais terão reajuste médio de 28,04%. O reajuste entrará em vigor na próxima quinta-feira, 13 de dezembro. A Eletroacre atende 263 mil unidades consumidoras localizadas no estado do Acre.

O deságio do leilão incidiu no percentual de perdas regulatórias não técnicas e nos custos operacionais referentes ao reajuste tarifário de 2017, contribuindo para a redução do índice final. “O reajuste foi calculado com os resultados do deságio do leilão, o que resultou em redução do índice tarifário em 3,42 pontos percentuais. Deste modo o efeito médio inicial de 24,71% caiu para 21,29%”, explicou em nota a agência reguladora.

Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a agência considerou a variação de custos associados à prestação do serviço. O índice positivo do reajuste da Eletroacre deve-se especialmente ao impacto dos componentes financeiros, em especial, a compensação dos valores de compra de energia não considerados no valor médio concedido na tarifa (CVA Energia) definida no último processo tarifário. Ou seja, a distribuidora teve ao longo do ano passado custos mais altos do que o concedido via tarifa para aquisição de energia, e que foram incorporados ao processo tarifário deste ano.

Destaca-se nesse item o impacto do risco hidrológico, responsável por 9,86 pontos percentuais do índice final. Outro item que teve uma participação expressiva no resultado do índice, cerca de 6,26%, refere-se ao custo de aquisição de energia impactado pelo aumento do valor da energia das usinas cotistas. A receita proveniente das bandeiras tarifárias no período colaborou para que a tarifa não tivesse aumento adicional de 0,94%.