A Toyota apresentou a tecnologia para a produção no Brasil do primeiro veículo híbrido flex fuel do mundo, em cerimônia nesta quinta-feira, 13 de dezembro, no Palácio do Planalto. A tecnologia que combina eletricidade com gasolina e etanol é resultado de parceria da montadora japonesa com universidades federais brasileiras. A empresa planeja investir no país em torno de R$ 1 bilhão na produção de híbridos
“O veiculo, com certeza, trará impactos muito positivos para o meio ambiente, baixa emissão de poluentes e eficiência energética”, disse o ministro da Indústria e Comércio, Marcos Jorge de Lima. Ele destacou que o lançamento de um carro com tecnologia inédita já é fruto da novo regime automotivo do Brasil, o Rota 2030, aprovado esse ano pelo Congresso.
O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, lembrou que no Brasil estão instaladas as maiores montadoras do mundo, mas não foi possível desenvolver até agora um carro brasileiro. “E não se conseguiu porque a nossa pesquisa, o nosso compromisso com as novas tecnologias e com a inovação, tem sido muito baixo nessa área”, observou Moreira.
A empresa realizou desde março diversos testes com o protótipo lançado hoje com tecnologia brasileira. O veículo é um modelo Prius, que deverá ser fabricado inicialmente no Brasil para, na etapa seguinte, ter sua tecnologia exportada para outras partes do mundo.
O presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, disse que desde 2017 a empresa investiu R$ 1,6 bilhão em todas as unidades produtivas no país. Pioneira em tecnologia híbrida no mundo, a montadora vendeu mais de 12 milhões de veículos que combinam combustível e eletricidade e que contribuíram, segundo o executivo, para a redução de 900 milhões de toneladas de gás carbônico. No Brasil foram vendidas mais de 5 mil unidades do Prius.
“O novo modelo que vamos produzir aqui é a combinação de tecnologia híbrida-etanol. Uma combinação inédita no mundo. Vai ser a primeira tecnologia aqui no Brasil, e por que não pensar que no futuro nós poderemos exportar essa tecnologia para outros países?”, indagou Chang.
O CEO da Toyota para a America Latina, Steve St Angelo destacou que outros países tem direcionado seus esforços no desenvolvimento de veículos apenas elétricos, o que põe uma grande pressão sobre a rede de energia. No caso do protótipo brasileiro, a tecnologia não requer conexão a redes elétricas. “É auto carregável, o que permite a países como o Brasil e da américa terem veículos livre de carbono sem ter que investir em infraestrutura.”