O último leilão de transmissão de 2018, de número 04/2018, acaba de começar com 40 minutos de atraso devido à grande demanda no credenciamento. O certame negocia 16 lotes para a construção, operação e manutenção de 7.152 km de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 14.819 mega-volt-amperes (MVA).
Serão licitadas concessões para a construção, operação e manutenção de 80 empreendimentos: 55 linhas de transmissão e 25 subestações que estão localizados em 13 estados: Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, os investimentos previstos nesses empreendimentos são da ordem de R$ 13,2 bilhões e devem gerar 28 mil empregos diretos.
As instalações de transmissão deverão entrar em operação comercial no prazo de 48 a 60 meses a partir da assinatura dos respectivos contratos de concessão. A expectativa do mercado é de que haja concorrência no mesmo nível que os últimos certames.
De acordo com o diretor geral da Aneel, André Pepitone, é possível de o Brasil atrair até novos players internacionais para o segmento, disse em evento que a agência reguladora promoveu em São Paulo no início deste mês. Por sua vez, o presidente da Cteep, Reynaldo Passanezi, disse há cerca de duas semanas que a companhia avaliava os lotes, mas não deu pistas de quais são os que interessam à companhia. A Engie também confirmou a participação no certame, bem como a indiana Sterlite, a maior vencedora do último leilão da modalidade.
De acordo com a sistemática divulgada pela Aneel, os Lotes 2 e 3 e depois o 10, 12, 13 e 14 possuem níveis de vinculação entre si. Caso o lote condicionante não possua proponente, não será realizada a licitação dos seus lotes condicionados. Os lotes condicionantes não dependem dos condicionados para contratação. O leilão ocorre na sede da B3, em São Paulo.
Informações preliminares da Aneel apontam que a média de concorrentes em cada lote é de oito habilitados para cada um. Esse número varia de acordo com a barreira de entrada de proponentes, explicou a agência reguladora. Por isso, os maiores deverão ter menor número de consórcios disputando o empreendimento e nos menores um possível maior volume de ofertas. Ao total são 38 consórcios ou empresas habilitadas a participar do certame.