A agência de classificação de risco S&P reafirmou os ratings de emissor e emissão ‘BB-’ na escala global da Eletrobras e seu rating de crédito corporativo de curto prazo ‘brA-1+’ na Escala Nacional Brasil. Além disso, manteve o perfil de crédito individual (SACP – stand-alone credit profile) da empresa em ‘b+’.

“A perspectiva estável dos ratings de emissor da Eletrobras continua refletindo aquela atribuída aos ratings soberanos do Brasil, considerando o vínculo estreito da empresa com este último e a ausência de uma estratégia claramente definida da futura administração no escopo de uma privatização, exceto a venda de ativos não estratégicos em curso”, explica a agência.

Para a agência, a Eletrobras continua sendo um veículo do governo para desenvolver o setor elétrico, funcionando como um agente para vários programas sociais, além de administrar e controlar os ativos de eletricidade em todo o país.

A Eletrobras responde por 30% da capacidade de geração de eletricidade do Brasil e opera 48% de suas linhas de transmissão. Ela atua como agente do governo central para suportar e implementar as estratégias microeconômicas relacionadas ao setor de eletricidade, especialmente em áreas onde as entidades privadas estão menos propensas a investir.

“Em meados de 2017, o governo Temer anunciou planos para privatizar a Eletrobras, o que acreditamos ser um processo complexo e demorado, considerando as aprovações legais e regulatórias necessárias, inclusive do Congresso. O novo governo, que tomará posse em janeiro de 2019, vem dando sinais opostos com relação à sua estratégia para a empresa. Se a futura administração reavaliar a relevância e a importância dos principais ativos (core) da Eletrobras poderemos reconsiderar nossa atual visão do papel crítico da empresa e/ou do seu vínculo integral com o governo soberano”, diz a S&P.