A Petrobras e a francesa Total assinaram na última quinta-feira, 20 de dezembro, novos documentos relacionados à parceria estratégica entre as duas empresas, anunciada em março de 2017. De acordo com as empresas, essa nova etapa envolve a cessão de direitos de 10% da Petrobras para a Total do campo de Lapa, no bloco BM-S-9. E a criação de uma joint venture com o objetivo de desenvolver projetos nos segmentos de energia solar e eólica onshore no Brasil, sendo a brasileira com 49% e a Total Eren com os 51% restantes.
A nova empresa, informou o comunicado conjunto das companhias, tem como meta desenvolver uma carteira de projetos de até 500 MW de capacidade instalada ao longo de cinco anos. Este acordo é uma continuidade ao memorando de entendimentos assinado em julho de 2018 e tem natureza vinculante, pelo qual as partes se comprometem a negociar os documentos necessários para a formalização da joint venture.
A Petrobras está exercendo a opção de venda do restante de sua participação no campo de Lapa, conforme previsto no contrato assinado em janeiro de 2018, quando a Total adquiriu 35% da participação da Petrobras, ficando com a operação do campo. A produção atual ali é de cerca de 30 mil bpd. A nova composição do consórcio passa a ser: Total como operadora (45%), BG E&P Brasil – companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc (30%) e Repsol Sinopec Brasil (25%).
Nesta nova fase, a Total pagará à Petrobras um valor adicional de US$ 50 milhões, sem considerar os ajustes devidos quando do fechamento da transação.
No escopo dessa parceria, as empresas já haviam realizado transações que resultaram no pagamento, em janeiro de 2018, de US$ 1,95 bilhão à Petrobras, além de uma linha de crédito no valor de US$ 400 milhões, que pode ser acionada pela Petrobras para realização de parte de seus investimentos nos campos da área de Iara, e pagamentos contingentes no valor de US$ 150 milhões.