A EDP informou na última sexta-feira, 21 de dezembro, que está pronta para dar início à operação de sua linha de transmissão no Espírito Santo. A obra foi concluída e já recebeu a Licença de Operação do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado e a autorização do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Com isso, o empreendimento entrará em operação com 20 meses de antecipação frente ao cronograma estabelecido no contrato de concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica.
O empreendimento em questão é o referente ao lote 24, arrematado em leilão realizado em 2016, que compreende 113 quilômetros de linha de 230 kV entre os municípios de Linhares e São Mateus, no norte do estado, além da subestação São Mateus II. O investimento para a implantação dos ativos foi de R$ 116 milhões.
Esse é o primeiro empreendimento do segmento de transmissão que a empresa entrega. Ao todo, a companhia assumiu o compromisso de investir cerca de R$ 3 bilhões, em um período de cinco anos, em novos empreendimentos da modalidade e que irão adicionar aproximadamente 1.200 quilômetros de redes ao sistema elétrico nacional, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Maranhão. A EDP vem apontando que a entrada no segmento faz parte da estratégia de diversificação de portfólio, investindo em ativos de rentabilidade, classificada por ela como adequada e risco controlado.
A EDP ressalta que o modelo de gestão adotado para a construção das linhas de transmissão é o mesmo utilizado em suas obras de geração, o que já havia permitido antecipar a entrada em operação de suas três últimas usinas hidrelétricas: a UHE São Manoel (700 MW, MT/PA), entregue em abril de 2018, a UHE Cachoeira Caldeirão (219, AP), finalizada oito meses antes do previsto, em 2016, e a UHE Santo Antônio do Jari (373, PA/AP), que ficou pronta com cinco meses de antecedência, em 2014.
PCH
Ainda na sexta-feira a empresa informou que foi concluída a venda da EDP PCH, composta por sete usinas e da Santa Fé Energia para a Statkraft Energias Renováveis, que totalizam 131,9 MW de capacidade instalada e 68,8 MW de garantia física. O valor total da transação foi de R$ 600,8 milhões recebidos pela subsidiária da companhia portuguesa, refletindo os ajustes entre a data de assinatura e a data de fechamento.
O processo de alienação de pequenas centrais hidrelétricas, iniciado com a venda da Pantanal Energética e, comentou, está em linha com a estratégica de desinvestimento em ativos não “core”, mantendo o foco em usinas de média dimensão, entre 100 MW e 1.000 MW de capacidade.