Em outubro, o consumo total de gás natural foi de 71,1 milhões metros cúbicos/dia, retração de 10,3% em relação a setembro (79,2 milhões metros cúbicos/dia), principalmente em função da queda no despacho térmico, informou Abegás na última quarta-feira, 26 de dezembro. Na média acumulada, no entanto, o crescimento é de 3%. A indústria teve baixa de 3,5% no consumo de outubro frente a setembro. Os resultados do segmento permanecem positivos na comparação ante outubro de 2017 (2,3%) e média do acumulado (4,5%).
Com o desligamento das algumas térmicas, o consumo termelétrico retroagiu 20,1% em relação ao mês anterior, entretanto no acumulado ainda registra alta de 2,6%.
O consumo de Gás Natural Veicular (GNV) no mês de outubro chegou aos 6,3 milhões metros cúbicos/dia, um crescimento de 15,3% em relação ao registrado no mesmo mês de 2017. Na comparação com setembro, a elevação é de 1,6%. Já na média do acumulado nos dez meses iniciais deste ano, a alta é de 12,3%.
“Desde que a Petrobras adotou uma política de preços de mercado para os combustíveis líquidos em 2017, a competitividade do GNV tem ficado mais evidente para o consumidor. O consumo de GNV desde então vem aumentando de forma consistente e chegou ao maior patamar na nossa série histórica”, comenta o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
“Com a greve dos caminhoneiros e a escassez de gasolina e etanol nos postos naquela ocasião, a percepção do consumidor sobre as vantagens do GNV ficou mais clara, principalmente por não existir o risco de desabastecimento e também porque o gás natural garante maior rendimento por quilômetro rodado que os combustíveis líquidos”, acrescenta Salomon.
“Acreditamos que o país precisa dar o salto já dado por Estados Unidos e países da Europa e da América do Sul. Apresentamos ao governo eleito um documento de 52 páginas com propostas para que o Brasil também possa ampliar a demanda de gás natural, implementando políticas públicas que incentivem o uso no transporte público e de cargas e criando corredores logísticos, com infraestrutura de abastecimento de GNV para veículos de transporte de carga”, completa Salomon.
O levantamento estatístico da Abegás é feito com concessionárias em 20 estados, reunindo dados em diversos segmentos: residencial, comercial e automotivo, entre outros.