O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, defendeu a conclusão da usina nuclear de Angra 3, cujas obras estão paralisadas desde 2015. O executivo disse nesta sexta-feira, 28 de dezembro, que a companhia trabalha para realizar uma concorrência no segundo semestre de 2019 para contratar um parceiro internacional com capacidade técnica e financeira para concluir a obra.
Ele disse que Angra 3 é importante para o sistema, pois fornecerá energia firme e constante na região de maior demanda do país, que é a Sudeste. Lembrou também que os aportes serão feito com recursos de terceiros e que o operação de Angra contribuirá para a modicidade tarifária, pois também deslocará o acionamento de térmicas.
“Certamente a frequência do acionamento da bandeira tarifária seria muito menor caso Angra estivesse operando, isso reduziria a tarifa do consumidor”, disse o executivo em coletiva de imprensa na B3, após o leilão de privatização da Ceal, comprada pela Equatorial Energia. A Eletrobras prevê investimentos de R$ 12 bilhões para concluir Angra 3, que terá 1.400 MW de capacidade instalada.
Mudança de Governo
Sobre se fica no cargo em 2019, Ferreira disse que ainda precisará conversar com o novo ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque. “Evidentemente que o novo governo começa na semana que vem e vamos ter que conversar. Boa parte das nossas ações surtiram efeito e a gente precisa saber o que o governo quer, avaliar inclusive se quer que eu continue. Eu tive bons entendimentos com o próprio almirante e ele tem interesse que a gente continue”, disse.