A Omega Geração anunciou no dia 31 de dezembro a assinatura de acordo definitivo para adquirir 100% do Complexo Eólico Assuruá, no interior da Bahia, junto ao FIP IEER. O Complexo tem capacidade instalada de 303 MW e é formado por 13 eólicas vencedoras dos Leilões de Reserva de 2013 e 2014, com início da operação comercial em abril de 2016 e fevereiro de 2018, respectivamente. As partes também firmaram contrato estabelecendo direito de primeira oferta para a Omega adquirir projetos a serem desenvolvidos na região somando capacidade potencial de aproximadamente 2.000 MW incluindo um projeto de 50 MW em construção que tem início de operação previsto para março de 2019. A transação de compra dos ativos operacionais tem valor estimado de R$ 1,9 bilhão, e está sujeita à aprovação das autoridades, de desembolso de financiamentos e consentimento de credores.
Com a adição ao portfólio do Complexo Assuruá e dos complexos Delta 5 e Delta 6, previstos para o início de 2019, a capacidade instalada da Omega vai superar a marca de 1 GW e será formada por 77% de energia eólica, 15% de energia solar e 8% de energia hidrelétrica. De acordo com Antonio Augusto Torres de Bastos Filho, fundador e CEO da Omega, além dos ativos apresentarem alta qualidade técnica e estarem localizados em região de ótimo recurso eólico, o acordo de direito de primeira oferta que foi firmado traz uma nova e importante fonte de crescimento para os próximos anos.
Os 131 aerogeradores do complexo são das marcas GE e Siemens Gamesa. O complexo, já em operação, tem volume médio de 138 MW comercializados, sendo que 33,6 MW médios foram negociados no Leilão de Energia de Reserva de 2013 e 104,4 MW médios no Leilão de Energia de Reserva de 2014. Esta é a terceira aquisição da Omega Geração desde seu IPO, realizado em julho de 2017. Em dezembro do ano passado, ela adquiriu 100% do complexo eólico Delta 3 com capacidade instalada de 220,8 MW, localizado no Maranhão, em transação de R$ 1,97 bilhão. Além disso, é a segunda aquisição junto a um desenvolvedor diferente da Omega Desenvolvimento. A primeira, anunciada em agosto de 2018 e concluída em dezembro de 2018 pelo valor de R$ 1,1 bilhão, marcou a entrada da empresa na geração de energia solar, a partir da compra de 50% dos ativos do Complexo Pirapora, em MG, maior usina fotovoltaica do Brasil com capacidade instalada de 321 MW.
Segundo o executivo, muito mais do que somar 669 MW de capacidade, que levam a 1.145 MW, além do acordo de primeira oferta sobre 2 GW, somados aos quase 2 GW do acordo de migração que há com a Omega Desenvolvimento, o que totaliza 4 GW de projetos de qualidade diferenciada sobre os quais há direitos de compra na fase operacional, os anúncios de duas importantes transações nos dois últimos trimestres são marcos para a empresa em termos de desempenho econômico futuro e importante confirmação da capacidade dela de fomentar novos negócios que a consolidam como uma relevante plataforma de investimentos em geração renovável na geografia. O compromisso com o desenvolvimento sustentável do Brasil via expansão das fontes renováveis é irrevogável.