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O mercado de geração distribuída para consumidores de pequeno porte poderia crescer mais de quatro vezes caso o segmento se utilizasse dos recursos destinados a subsidiar as tarifas de grandes clientes de distribuidoras. Hoje com cerca de 60 mil usuários no país e potência total de 560 MW, a GD poderia alcançar até 300 mil consumidores e 2.400 MW de capacidade instalada com os incentivos.

O retrato do potencial de expansão está em um estudo produzido pela consultoria Allez Estratégia sobre o impacto tarifário dos sistemas fotovoltaicos instalados para consumo próprio ou compartilhado em pequenas unidades.

O estudo se debruça sobre os principais componentes da tarifa de energia elétrica, e adota como premissa um impacto tarifário médio de apenas 0,1% decorrente das unidades consumidoras dotadas de sistemas de geração distribuída atualmente no Brasil, conforme dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.

O levantamento mostra que 0,6% da tarifa paga hoje em dia pelos consumidores de energia subsidia cerca de 4,8 mil empresas de grande porte. Esses descontos tarifários, na média, chegam a R$ 650 mil anuais por cliente – montante esse que impulsionaria a implantação de sistemas de GD.

“Muito tem se falado, nos últimos meses, sobre o impacto da expansão da GD nas tarifas de energia. Mas o estudo indica que pessoas e empresas que investiram na sua independência energética, instalando equipamentos de geração própria, estão longe de serem as culpadas pelos aumentos tarifários excessivos”, avalia a sócia da Allez Estratégia, Alexandra Januário.

O estudo detalha a estrutura da Conta de Desenvolvimento Energético – principal encargo setorial, com orçamento de R$ 20 bilhões para este ano. Desse montante, R$ 8,2 bilhões correspondem a descontos para determinadas classes de consumo, sendo R$ 3,1 bilhões destinados aos 4,8 mil grandes consumidores em forma de subsídio nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição.