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O ano de 2019 começou e com ele um ciclo onde a Sonda, empresa que atua no fornecimento de soluções e serviços de tecnologia, acredita em uma retomada dos investimentos, principalmente por parte das distribuidoras de energia. A companhia, aponta que está otimista com os próximos anos neste segmento após um período de intensas modificações no segmento por conta da venda das distribuidoras da Eletrobras e outros negócios de fusões e aquisições como da Eletropaulo pelos italianos da Enel.

De acordo com o diretor de Utilities da Sonda para a América Latina, Rivaldo Ferreira, o foco da empresa está associado a tudo que se refere a novas tecnologias para o atendimento às concessionárias. Ele destacou entre as funcionalidades que devem estar à frente do crescimento o reconhecimento de ativos por meio de imagem, redes inteligentes e soluções para que as companhias possam entrar de forma mais incisiva no que vem sendo chamado de transformação digital, com o aumento da tecnologia embarcada na rede, um movimento irreversível no setor.

O executivo contou à Agência CanalEnergia que a companhia está otimista com o mercado, verifica um aumento no número de consultas das empresas em busca de soluções em comparação a anos anteriores. Até porque as companhias que atuam no mercado regulado têm visto uma regulação impondo limites cada vez mais restritivos em termos de indicadores de qualidade e de fornecimento de energia, o que demanda investimentos, quando o assunto é atividades em regiões com monopólio natural, como é o das distribuidoras. Em outras áreas de atuação, onde há a concorrência entre as empresas, como em geração e comercialização, essa necessidade de investir em tecnologia se torna mais imprescindível para se manter competitiva.

A Sonda é uma empresa de origem chilena que entrou no Brasil em 2002, em 2012 passou a atender o mercado de utilities com a aquisição da Elucid, que já possuía um portfólio de clientes em distribuição, geração e transmissão. As atividades da companhia começaram com o billing e depois houve o desenvolvimento de soluções em software e consultoria. Hoje a filial brasileira é considerada o centro de competência da Sonda para toda a América Latina.

“A Sonda não possuía uma área com soluções estruturadas para o segmento de utilities e a aquisição da Elucidy representou esse início de atuação. Há dois anos começamos a ampliar nosso alcance para fora do Brasil atendendo a toda a região”, relatou o executivo. “Temos percebido que tanto Colômbia quanto o Chile tem um plano estruturado para a substituição de leitores inteligentes, inclusive, em ambos países foi estabelecido o prazo para que todo o seu parque de medidores seja trocado, diferentemente do Brasil que não possui regulação acerca deste tema”, destacou.

A Sonda, continuou ele, identificou uma oportunidade de crescimento no segmento de utilities em mercados regulados na região. Na análise do executivo, a atuação dessas agências é semelhante por toda a região. Os problemas são praticamente os mesmos, como os que se referem às perdas, grupos internacionais que atuam em outros países estão por aqui também, citando a Enel. Para ele, as perspectivas de negócios são atraentes uma vez que as soluções pode ser aplicadas em todos os casos, ainda mais que a concentração de mercado tem sido uma marca no segmento de distribuição e todas elas precisam adequar seus negócios à nova realidade do mercado, que tem na tecnologia uma de suas principais marcas.

Ele explicou que há uma divisão entre as empresas e suas necessidades em termos de expansão da tecnologia em cada concessionária. Há um grupo de companhias de maior porte que já possui uma infraestrutura e banco de dados de ativos já estabelecidos e que estão prontas para um próximo passo que pode ser o analytics para aumentar a produtividade ou expandir a conectividade da rede para atender ao crescimento do smart grid e geração distribuída. Há outro grupo de concessionárias que ainda precisam do básico, como identificar seus ativos básicos, melhorar a rede e assim preparar-se para um posterior maior alcance da tecnologia. Nesse segundo grupo estão empresas que recentemente foram privatizadas da Eletrobras e que representam um grande desafio para suas novas controladoras.

Para essas empresas, disse ele, o reconhecimento de imagem é uma das apostas da Sonda, que desenvolveu um algoritmo que agiliza o reconhecimento dos ativos de distribuição e faz essa atividade de forma automatizada. Ferreira relatou que o índice de assertividade dessa ferramenta está na casa de 98%.

“Aqui no Brasil começamos a falar de redes inteligentes de forma mais consistente há pouco tempo, as empresas passaram a considerar investimentos em projetos maiores de automação da rede. Sem dúvida a crise financeira freou os investimentos e agora isso está destravando, temos notado o aumento do volume de convites para reuniões e apresentações para este tipo de medida”, relatou.

Para ele, o grande gatilho para esse renascimento é o aperto que a Aneel tem exercido sobre as distribuidoras com o contrato renovado. Até porque lembrou, em um mercado regulado a pressão regulatória é a forma de incentivar os investimentos das empresas deste setor. Mas, acrescentou o avanço da tecnologia tem levado a uma mudança no perfil do setor elétrico, onde empresas que atuam no mercado regulado têm de enfrentar aquelas que atuam de forma não controlada pela agência reguladora com o advento da geração distribuída. “Isso obrigara empresas até mesmo em mercados regulados a se prepararem para a competição e gerenciar toda a informação que é gerada demanda tecnologia”, definiu.