As eólicas Delta V e Delta VI, no Maranhão, devem migrar para a Omega Geração entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro. O anúncio foi feito pelo CFO da empresa, Marcelo Habibe, em transmissão ao vivo por uma rede social nesta terça-feira, 8 de janeiro. De acordo com ele, as eólicas com aerogeradores da GE vão agregar 108 MW ao portfólio da empresa, que já atuava na região. “São ventos que a gente já conhece há um bom tempo”, afirma. Já as eólicas Delta VII e Delta VIII, também no Maranhão com aerogeradores da GE e que somam 97 MW, devem ser finalizadas no último trimestre de 2019 e migrar para a Ômega entre o fim deste ano e o começo do ano que vem.
Durante a transmissão, o CEO da empresa, Antonio Augusto Bastos Filho, lembrou que a última aquisição da Ômega Geração, o complexo Assuruá (303 MW), vai trazer um novo eixo para a expansão eólica da empresa. Ele frisou que há uma complementaridade do regime de ventos entre Assuruá e Delta, que traz equilíbrio ao portfólio. Em 2018, a Ômega Geração investiu forte nas aquisições, tendo comprado 50% do complexo solar Pirapora, o maior complexo solar do Brasil, em Minas Gerais. Segundo a diretora de M&A da empresa, Andrea Sztajn, a Ômega trabalha para ter logo os avais dos credores e do Cade para que a operação de Assuruá seja concluída. A geradora prevê ainda uma emissão de debêntures, que já estava anteriormente planejada.
Com as aquisições dos projetos solares e eólicas este ano, a capacidade instalada da Omega vai superar a marca de 1 GW e será formada por 77% de energia eólica, 15% de energia solar e 8% de energia hidrelétrica. Bastos descartou um aumento de capital. Segundo ele, o funding de Assuruá e de parte de Pirapora vem de uma linha de financiamento com prazo de oito ano que tem um custo bastante atraente e que será usada totalmente para a cobertura aquisição de ativos.