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Acompanhar os hábitos de consumo de forma dinâmica é um recurso valioso para qualquer segmento de mercado. Para as concessionárias de distribuição de energia elétrica, isso significa oferecer um serviço melhor para os consumidores, evitar perdas devido à fraudes e problemas técnicos, logo, aumentar as receitas. Contudo, o investimento em equipamentos de telemedição tem um custo considerável de implantação e manutenção, que só era viável em casos específicos, principalmente para monitorar clientes com alta demanda, como indústrias e estabelecimentos comerciais.

Perdas de energia somam R$ 8 bilhões por ano no Brasil, pagos pelas distribuidoras e clientes adimplentes.

De acordo com Odair Marcondes, diretor Técnico da CAS Tecnologia, é justamente por causa desse custo que a telemetria inda não se expandiu no Brasil a nível residencial. Pela legislação brasileira, todo investimento nos equipamentos é reconhecido na base de remuneração das distribuidoras e é repassado para tarifa de consumidor final. O mesmo não acontece com o custo de manutenção e operação, como explicou Marcondes:

“O custo de operação não entra na base de remuneração. Por exemplo, o custo de operação da telemedição pode variar entre R$ 10,00 e 15,00 mês por cliente, dependendo do contrato de cada distribuidora. Para um cliente de alto consumo, apesar de não entrar na base de remuneração, é algo que se justifica tendo em vista o monitoramento que se faz desses clientes para se detectar perdas. Agora, você gastar isso para ler clientes residências é muito caro. Isso não estimula as distribuidoras a partir para essa solução. Com as tecnologias de IoT, a expectativa é que se gaste R$ 15,00 por ano.”

A IoT é um termo para se referir a chips de alta tecnologia e baixo custo capazes de transmitir informações específicas para um banco de dados onde essas informações são analisadas. As informações podem ser transmitidas por ondas de rádio, internet, satélite e até rede interna de dados. Os dados são coletados em tempo real, bem diferente do modelo tradicional em que o leiturista visita uma residência uma vez por mês. Havendo quaisquer intervenções não autorizadas na rede, a empresa é avisada de imediato.

A CAS Tecnologia completou 18 anos no mercado, com foco em desenvolver soluções de telemetria. Um dos seus clientes é a Energisa, que controla 13 distribuidoras no país. As perdas do grupo equivalem a 921 GWh anuais, o suficiente para atender a 580 mil residências. Em dois anos, a Energisa investiu mais de R$ 165 milhões em técnicas e ações contra perdas, o que levou à redução de 25 GWh das chamadas perdas não técnicas em todas as concessionárias do grupo no Brasil. Há previsão de continuidade nos investimentos, com um montante de R$ 85 milhões.

Segundo a Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), as perdas de energia somam R$ 8 bilhões por ano no Brasil, pagos pelas distribuidoras e clientes adimplentes.