O aumento crescente na demanda energética pela China – segundo maior consumidor de energia do planeta – está cada vez mais pondo em risco as metas globais de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Relatório divulgado esta semana em Paris pela consultoria Capgemini mostra que, após três anos de estagnação, as emissões subiram 1,4% em 2017, impulsionadas pelo crescimento econômico mundial e consequentemente pela maior necessidade de energia.

De acordo com o estudo “World Energy Markets Observatory”, o resultado do impacto econômico e da maior demanda energética tende a afetar o cumprimento dos objetivos projetados para 2050 no âmbito das mudanças climáticas. Segunda maior economia do planeta, com taxas de crescimento elevada, a China lidera as emissões de GEE no mundo – resultado direto da necessidade de expansão do suprimento energético no mercado interno do gigante asiático.

Apenas em relação ao gás natural liquefeito, o mapeamento da Capgemini identifica que as importações chinesas cresceram 46% em 2017, tornando-se responsável por 30% do crescimento da demanda global do produto naquele ano. Relevante também na movimentação de negócios em fontes renováveis, a China começa também a exportar, de forma agressiva, painéis solares fotovoltaicos – sendo responsável por quase metade da capacidade instalada mundial – e turbinas eólicas.