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A Chesf prevê entregar 30 novos empreendimentos em 2019, com investimentos estimados em R$ 800 milhões, disse o diretor de Operações da estatal controlada pela Eletrobras, João Henrique Franklin, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia nesta sexta-feira, 11 de janeiro.
“Em 2019, pretendemos colocar em operação mais de 30 novos empreendimentos, zerando esse passivo de obrigações e nos capacitando para novos desafios”, afirmou o executivo. Nos últimos anos, a imagem da empresa ficou manchada pelo atraso de obras importantes para o sistema elétrico, principalmente no segmento de transmissão, mas também de geração. A empresa, inclusive, há anos está impedida de participar dos leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Ministério de Minas e Energia (MME).
Em 2019, pretendemos colocar em operação mais de 30 novos empreendimentos, zerando esse passivo de obrigações e nos capacitando para novos desafios.
Em 2018, a Chesf completou 70 anos de existência e conquistou resultados significativos tanto em termos de investimento como em operação dos seus ativos. A companhia incorporou 29 novos empreendimentos, com investimentos estimados em R$ 500 milhões. Também investiu mais R$ 160 milhões em modernização e substituição dos ativos existentes.
“Tivemos em 2018 um resultado operacional muito relevante”, destacou o executivo. “Esse resultado é fruto da incorporação de novos empreendimentos, substituição de ativos que estavam em final de vida útil regulatória, cumprimento dos planos de manutenção e dedicação das equipes. Estamos conseguindo bons resultados, alguns dos melhores da história, mesmo passando por um processo de redução de quadro.”
Segundo a Chesf, foram mais de 200 melhorias realizadas no segmento de transmissão e 50 em geração, ao longo de 2018. Atividades que envolveram investimentos em modernização de linhas, subestações, sistemas de proteção, automação e telecomunicação. “O desafio em 2019 é colocar em execução um plano robusto de modernização do nosso parque de geração”, disse Franklin.
Serão investidos R$ 200 milhões na modernização do parque gerador e mais R$ 220 milhões em melhorias no segmento de transmissão. A Chesf opera 130 subestações, 20 mil km de linhas e possui mais de 3 GW em capacidade de geração, localizados no Nordeste.
METAS SUPERADAS
Em 2018, a Chesf superou suas metas e estabeleceu recordes operacionais. O indicador de disponibilidade dos ativos de transmissão alcançou 99,906%, sendo o terceiro melhor do histórico da companhia, superando a meta de 99,850%. Desempenho similar foi obtido na disponibilidade de transformadores, tendo alcançado 99,923%, o segundo melhor já alcançado, superando a meta de 99,830%.
Na área de geração, a Chesf obteve uma disponibilidade acumulada de 12 meses igual a 1,146, cuja meta é 1, sendo o valor alcançado o melhor do histórico. Para a disponibilidade acumulada de 60 meses, atingiu o valor de 1,030, superior à meta que é 1, mas ainda assim o melhor resultado do histórico. Os três primeiros indicadores fazem parte do Contrato de Metas de Desempenho Empresarial (CMDE), celebrado com a Eletrobras e esse último indicador faz parte do Contrato de Prorrogação das Concessões de Geração, celebrado com a Aneel.
Nos últimos 12 meses, também houve o menor número de eventos com interrupção de carga na Rede Básica, com 11 ocorrências originadas em instalações da Chesf, quando a meta limite era, no máximo, 26. Este é o melhor resultado do histórico de 20 anos de acompanhamento.
“O indicador de número de eventos de interrupção de carga é muito representativo do ponto de vista do atendimento. Esse indicador mede a quantidade de vezes que a carga foi interrompida por conta de um problema originado no sistema da Chesf”, explicou o diretor. “Historicamente a média era entorno de 30 eventos. Em 2017 tivemos 27. Em 2018 foram 11. É um resultado extremante relevante, que para a carga que é atendida mostra que nossas ações deram resultado para que o consumidor fosse minimamente afetado”, completou.
Outro indicador importante, com resultado expressivo alcançado, é o desconto de receita por indisponibilidade de funções de transmissão da Rede Básica, denominado Parcela Variável (PV). Nesse indicador, a empresa atingiu o valor de 1,54% da Receita Anual Permitida (RAP), sendo a meta, no máximo, 3,00%. O valor alcançado representa o melhor dos últimos seis anos.