A onda de ataques do crime organizado no Ceará atingiu o sistema elétrico do estado no último fim de semana. A LT
500 kV Fortaleza II/Pecém II C. 2, de propriedade da STN – Sociedade entre a Alupar e a Chesf – sofreu um desligamento automático durante a madrugada do último dia 12. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, houve uma queda de torre por vandalismo à 3 km da subestação Fortaleza II, da Chesf, que atende a capital. A queda interrompeu parcialmente o tráfego na BR-020 e afetou outra linha da rede de distribuição para o bairro de Jaboti. segundo o ONS, a previsão é que os retorno da LT aconteça até 15 de janeiro.

Por conta dos ataques, a Chesf reforçou a segurança nas subestações cearenses, em especial as da região metropolitana de Fortaleza. Na madrugada de 11 de janeiro, foram lançados coquetéis molotov nas SEs Fortaleza II e Pici II.
A indisponibilidade da LT da STN atacada limita a exportação pelo Norte – Exp_N em 3. 600 MW e em 4.000 MW, o Recebimento pela região Nordeste em 3.500 MW e em 3.300 MW e o Fluxo Norte/Nordeste em 2.800 MW e em 2.650 MW em diferentes períodos.

Em nota à imprensa, o Ministério de Minas e Energia diz que a perda da LT não causou interrupção no fornecimento de energia ou desligamento no abastecimento aos consumidores. A nota diz ainda que para preservar as condições de segurança elétrica da operação do SIN, foi acionado o despacho momentâneo de geração térmica adicional.