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Considerando 2018 como um ano excelente em vários aspectos, a Associação Brasileira do Biogás quer em 2019 que os investimentos aumentem na fonte e mais projetos se viabilizem. De acordo com o presidente da Abiogás, Alessandro Gadermann, empreendimentos como o do aterro de Fortaleza (CE) e de Caieiras (SP), além da UTE Bonfim, da Raízen, foram sinais importantes para o setor em 2018 e podem ser ampliados este ano. “Estamos extremamente animados, agora é a hora de trazer os investidores. A gente está conseguindo mostrar os diferenciais competitivos do biogás frente a outras fontes”, afirma.

O presidente da associação conta que a Empresa de Pesquisa Energética pela primeira vez separou o biogás da biomassa, incluindo no Plano Decenal da Expansão 30 MW por ano da fonte. “Foi uma grande conquista no ano passado. Isso abre espaço para um leilão dedicado a fonte”, avisa. No ano passado, foi dado início a construção da UTE Bonfim, da Raízen, a primeira usina movida a biogás viabilizada em um leilão de energia. Para ele, a Raízen foi pioneira, mas o biogás não tem a base instalada que a biomassa ou a eólica tem no país, o que justificaria uma atenção especial nos certames. A gente acha que é válida uma fase de leilões dedicados para criar uma base necessária. Todas as fontes começaram com leilões dedicados”, explica.

A associação trabalhou no ano passado para aparar arestas estaduais na regulação de gasodutos de biogás. O Paraná já tem regras que, para Gadermann, deveriam ser replicadas pelos outros. Estados como Santa Catarina também já caminham para ter regras sobre o mercado da fonte. Além do biogás vindo de aterros sanitários, esgoto e da biomassa da cana, outras formas de se obter o insumo também são possíveis e estão aparecendo. Criadores de suínos viabilizam plantas. “A beleza do biogás é que ele é viável em várias escalas. O biogás tem essa flexibilidade”, aponta Gadermann.

A revisão da resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica, que deve acontecer esse ano, está no radar da associação. Gadermann acredita que não pode haver nenhum tipo de sinalização contra a GD no país e pede atenção para os limites da geração compartilhada. “A questão dos 5 MW na GD compartilhada é muito importante para nós. Não deve reduzir isso agora”, conclui