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Primando pela continuidade do processo de eficientização da gestão e redução de custos iniciada na gestão anterior, o novo presidente da Copel, Daniel Slaviero, também planeja para o primeiro semestre de 2019 a criação de uma subsidiária para serviços de energia, em consonância com o crescimento da Geração Distribuída no país e o futuro do negócio da distribuição. “Já estamos em estudos avançados, isso já vinha sendo debatido dentro da companhia. A evolução tecnológica é inexorável no setor e nos próximos anos vai haver uma mudança estrutural grande”, afirma o executivo, que falou com exclusividade à Agência CanalEnergia. Ele quer seguir o exemplo de outros players do setor, como a CPFL, que é atuante nas soluções para Geração Distribuída e Eficiência Energética.
Com a meta de R$ 2 bilhões em investimentos para 2019, Slaviero descarta novos Planos de Demissões Voluntárias, já que nos últimos anos foram realizados dois PDVs que resultaram na adesão de 811 funcionários e economia de R$ 202 milhões para a Copel. Ele lembra que a disciplina econômico financeira e o foco nos resultados levaram a Copel a bons resultados financeiros na redução da alavancagem e na margem Ebitda. “A gente ainda vê espaço para avançar mais”, explica. O novo presidente da Copel salienta que uma outra diretriz adotada e que é um pedido do governador Ratinho Júnior (PSD) é que a Copel seja uma empresa de Geração, Transmissão e Distribuição de energia. Ativos e investimentos que não estiverem alinhados com esse foco serão reavaliados, segundo Slaviero.
Dentre os possíveis alvos estão a Copel Telecom, que oferece serviços de banda larga, e a Compagás, distribuidora de gás natural do estado. “O que faremos agora é colocar atenção e velocidade nessa análise no plano de desinvestimento”, ressalta. Em 2017, a Copel já havia vendido a participação que tinha na Sanepar. Na distribuição, os investimentos para 2019 deverão ficar em R$ 835 milhões, 28% acima do ano passado.
Quanto à expansão, a Copel vai continuar atenta a oportunidades do mercado na geração e transmissão de energia em 2019. Hidrelétricas e renováveis deverão ser as fontes escolhidas. Ele conta que há uma outra diretriz do governo do estado que pede que os investimentos sejam preferencialmente feitos no estado do Paraná. O pedido não quer dizer que a empresa – presente em dez estados do país – vá preferir obrigatoriamente uma PCH local em detrimento de um parque eólico na região Nordeste, por exemplo. Aspectos como a capacidade e os investimentos necessários serão levados em conta. O ganho de sinergia com projetos já existentes fora do Paraná, como ampliações ou instalação de placas solares em eólicas também contarão positivamente na escolha.
No primeiro semestre deste ano, a Copel conclui um ciclo de R$ 5 bilhões em investimentos, que se refletem na entrada em operação das UHEs Baixo Iguaçu (PR- 350 MW), em março; do parque eólico de Cutia e Bento Miguel (RN – 312,9 MW), em abril; e de Colíder (300 MW), em maio. Essas usinas vão trazer para ela um aumento de R$ 466,1 milhões na receita. “Vamos começar agora a colher esses frutos”, aponta.
O presidente da Copel se mostrou bastante animado e com boa expectativa para o governo de Jair Bolsonaro. Ele elogiou o discurso do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que visa atacar os problemas estruturais do setor elétrico, além da busca pela previsibilidade de modo a atrair investimentos nacionais e internacionais para a área de energia. “Estamos reputando altíssimas e positivas expectativas com a gestão para enfrentar os problemas do setor”, conclui.