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O capitalismo financeiro está ficando para trás para dar espaço a uma nova era: o capitalismo de dados. Cada vez mais a tecnologia oferece essas soluções para melhorar os processos de gestão empresarial. As companhias de energia entenderam que precisam transformar digitalmente seus negócios e, para isso, precisam investir em aplicativos e controles que as auxiliem a alcançar maior agilidade, inovação e engajamento.
A tecnologia ajuda as concessionárias a automatizar tarefas repetitivas, armazenar e tratar um grande volume de dados, auxiliando no processo de tomada de decisão.
“A tecnologia ajuda as concessionárias a automatizar tarefas repetitivas, armazenar e tratar um grande volume de dados, auxiliando no processo de tomada de decisão”, definiu Júlio Hermes, CEO da carioca Värde, em entrevista à Agência CanalEnergia. Hermes é economista formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atuou por 14 anos na concessionária de energia elétrica Light, passando pelos departamentos de distribuição de energia; inovação e eficiência energética; auditoria, até se tornar gerente de governança do departamento de Tecnologia da Informação.
“Isso permitiu que eu tivesse uma visão das necessidades de uma concessionária de energia, entender onde a tecnologia está inserida”, disse o executivo, que viu uma oportunidade de aproximar a tecnologia da área operacional das concessionárias. Em 2014, fundou a Värde, nome de origem sueca que significa valor. “Nosso negócio é pensar em como aumentar o valor dos ativos”, disse Hermes.
O foco da Värde é oferecer ferramentas que permitam o rastreamento dos ativos. Essas equipamentos coletam uma série de dados que posteriormente são tradados e subsidiam os tomadores de decisão. Por exemplo, as ferramentas de Supply Chain e Asset Intelligence, considerando variáveis ligadas ao custo de mão-de-obra, à eficiência da rede e ao tempo médio de parada da rede, monitoram todos os pontos da rede elétrica, identificando quais estão sobrecarregados, assim como atuando sobre os equipamentos e reduzindo os custos de mão-de-obra. O Analytics poderá prever a caída de árvores sobre os fios da rede, por exemplo.
“Essas informações voltam de maneira ágil para os tomadores de decisão”, disse Hermes. “A tecnologia 3G permitiu a troca de dados de voz pela internet, depois veio o 4G que melhorou a qualidade do trafego de vídeos. A tecnologia 5 G vai permitir que todas as coisas estejam conectadas. Isso é o que se chama de Internet das Coisas. Haverá um barateamento dos sensores e uma maior disponibilidade”, completou.
De acordo com Hermes, a tecnologia desafia as empresas a revisar seus processos. As tecnologias da Värde são aplicadas de forma customizada, ajudando a alcançar rapidamente os resultados traçados, atuando na redução de custos e aumento da margem de lucro.