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O ano de 2019 para o Portal Solar deverá ser de expansão. A empresa que reportou um movimento de R$ 100 milhões por meio de sua plataforma de marketplace em 2018 projeta crescimento de cinco vezes esse volume entre janeiro e dezembro. A expectativa é de chegar a R$ 500 milhões, representando a venda de sistemas que somam algo entre 100 a 120 MWp de capacidade de geração da fonte solar.

Essa projeção, explicou o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer, tem como base a perspectiva de crescimento do mercado solar e uma mudança na forma de pagamento de sistemas solares que são comercializados via a plataforma que dirige.  A empresa implantará esse ano um modelo novo de comercialização de sistemas atuando como um varejista, ou seja, abrindo a venda a consumidores finais por meio de cartão de crédito e permitindo parcelamento ou desconto no pagamento à vista.

“Vemos que o mercado no ano passado praticamente triplicou de tamanho. Nosso faturamento chegou à casa de R$ 100 milhões, seis vezes mais do que em 2017, ou seja, aumentamos nosso market share”, destacou o executivo. “Pretendemos com essa nova modalidade de pagamento conquistar mais espaço, acho que o potencial é grande”, destacou.

Esse otimismo de Meyer tem como base a perspectiva de aumentar o volume de vendas ao passo que o preço dos equipamentos fica mais baixo e o interesse dos consumidores aumenta. Em sua análise, a tendência é de que os sistemas negociados fiquem menores em termos de capacidade ante os negociados atualmente. Segundo dados apresentados pelo executivo, 80% das vendas concentraram-se nas faixas de até 10 kWp sendo a maioria entre 3 e 5 kWp de capacidade. Esse volume é mais elevado, por exemplo, que a média dos sistemas instalados em países onde a fonte está em um estágio mais avançado, como por exemplo, na Austrália, onde os sistemas ficam em 1,5 kWp em média.

“Ainda estamos atendendo a uma parcela da classe média no país que tem acesso a recursos financeiros e que ao mesmo tempo são mais esclarecidas quanto aos benefícios que essa fonte traz, como o retorno financeiro em um curto espaço de tempo”, avaliou. “A tendência é de que os tamanhos desses sistemas solares e o ticket médio fiquem cada vez menores”, acrescentou.

Apesar de ir para a operação em formato de varejo, Meyer afirmou que o Portal Solar continuará destacando a figura do instalador. Além do consumidor final poder comprar o equipamento separado do serviço poderá ser adquirido o equipamento em conjunto com o serviço. “Nossa ideia é a de manter o incentivo aos instaladores ao dividir a margem com esses agentes, pensamos em bonificar a empresa financeiramente ou implementar um programa de pontuação. Nossa estratégia é a de preservar o instalador que é peça fundamental neste mercado”, explicou. O Portal Solar alcançou o volume de 8 mil instaladores cadastrados na plataforma na semana passada.

Ele explicou que o desempenho  bateu a meta estimada para 2018 em termos financeiros que era em algo próximo a R$ 80 milhões. Mas a questão, disse ele é que foram vendidos mais equipamentos, mas de menor capacidade que são mais caros que os maiores. A meta de 2019, apesar de ser ambiciosa é factível, comentou ele ao relatar que o movimento no mês de janeiro está elevado, com faturamento na casa de cinco a seis vezes mais elevado do que em 2018.

Esse movimento, disse, é decorrente do aquecimento da economia como um todo. Pois, lembrou, esse é o primeiro ano desde que o segmento de geração distribuída no país começou a se tornar uma realidade, que o consumidor não vê cenário de crise, seja econômica ou política como o país passou nos últimos três anos. “O movimento não é apenas do crescente interesse em energia solar, mas também pelo crescimento da economia no país”, apontou.