No dia do aniversário de São Paulo, 25 de janeiro, a EDP anunciou um presente de R$ 12 milhões para a capital paulista, a ser destinado à restauração do Museu do Ipiranga, fechado desde 2013. A iniciativa aconteceu por meio do apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com um contrato inédito assinado com a Universidade de São Paulo (USP) para apoiar a reforma do Museu. A obra tem duração prevista de 30 meses e a reinauguração está programada para 2022.

Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil, afirmou ser um momento histórico, junto com a aproximação do marco do bicentenário da Independência do país. “Como maior investidor português no Brasil, não podíamos deixar de estar presentes em um evento tão importante, junto ao Governo do Estado e à USP. O Museu do Ipiranga é um patrimônio que conecta a memória de Portugal e Brasil, e está no coração do povo brasileiro”.

Recheado por mais de 450 mil peças, entre objetos, documentos iconográficos e textuais de até meados do século XX, o museu apresenta um acervo considerável para a compreensão da sociedade brasileira. Foi erguido em 1890 no edifício-monumento e aberto ao público cinco anos depois, com as marcas da arquitetura neoclássica do local onde teria acontecido a proclamação da Independência do Brasil. Uma das obras mais conhecidas de sua coleção é o quadro Independência ou Morte, pintado em 1888 pelo artista Pedro Américo.  Fechado desde 2013, esse espaço cultural recebia uma média de 350 mil visitantes anuais.

“Estamos esperançosos de que outras empresas se juntem a nós e façam parte deste grupo empresarial que apoiará a reconstrução do Museu do Ipiranga”, acrescentou o CEO da EDP.

O Museu Paulista, popularmente conhecido como Museu do Ipiranga, é um órgão da USP, integrado desde 1963, sendo considerado uma instituição científica, cultural e educacional com atuação no campo da História. Sua curadoria tem como foco a formação e a ampliação de coleções, sua conservação física, seu estudo e documentação de seus arquivos. Dessa forma, o Museu disponibilizará acesso ao seu conteúdo através de exposições, cursos, programas educativos e publicações.

Segundo a EDP, apoiar a cultura e a arte dos países lusofanos evidencia a riqueza e a diversidade do idioma, o mais usado no hemisfério sul do planeta, o que vai de encontro com a valorização da língua, uma das bandeiras da companhia, que garantiu o maior patrocínio à reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo: um investimento de R$ 20 milhões até 2019.

Para levar a experiência do Museu a todo o País, a empresa criou a exposição itinerante “A Energia da Língua Portuguesa”. Instalada em um caminhão, a mostra rodou o Brasil, levando cultura e informação sobre a língua a mais de 23 mil visitantes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará. Ainda nessa frente, também houve o apoio a 25ª Bienal Internacional do Livro em São Paulo e o co-patrocínio da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).