O Grupo Energisa irá aplicar investimentos recordes em 2019, que chegarão a R$ 2,8 bilhões. Os aportes serão direcionados principalmente para suas 11 distribuidoras de energia e para os lotes de transmissão adquiridos nos últimos dois anos. A quantia é 50% superior à cifra de 2018 (R$ 1,8 bilhão) e maior também do que o aplicado em 2017, quando movimentou R$ 2 bilhões.

De acordo com a companhia, serão investidos R$ 2,4 bilhões nas concessionárias de energia e R$ 320 milhões nos empreendimentos de transmissão. A maior parte dos ficará para a construção e manutenção de subestações, linhas e redes, além da ampliação do atendimento aos clientes e ao combate ao furto de energia. Também haverá recursos consideráveis para renovação das frotas e às obras na infraestrutura da rede. A ideia do Grupo é investir melhorar cada vez mais a qualidade do fornecimento de energia nas suas áreas de concessão, além de levar eletricidade a um número cada vez maior de consumidores.

Entre as distribuidoras, ganham destaque este ano as duas empresas recém-adquiridas em Rondônia e no Acre, que já receberam aportes de capital para melhorar sua saúde financeira e continuarão a obter recursos para aprimorar seus serviços. A Ceron receberá cerca de R$ 470 milhões e a Eletroacre, R$ 228 milhões.

Segundo o presidente do Grupo Energisa, Ricardo Botelho, há muitas carências por conta da infraestrutura deficiente e do elevado nível de perdas de energia. “As novas distribuidoras precisarão passar por um processo intenso de recuperação após anos de subinvestimentos. Atacaremos estas deficiências de imediato e depois iremos entregar uma energia de melhor e mais segura aos nossos novos clientes”, afirmou Botelho, ressaltando que as demais concessionárias do Grupo também seguirão recebendo relevantes aportes.

Conforme o último balanço trimestral publicado da companhia, do 3º trimestre de 2018, todas as distribuidoras ficaram dentro do limite regulatório do FEC (frequência das interrupções). Já no indicador DEC (duração das interrupções), só uma distribuidora ficou ligeiramente acima do limite, mas com tendência de queda.

“Quando se olha o histórico dos indicadores, nota-se que temos promovido uma evolução progressiva nos últimos anos, com muitas das empresas obtendo reduções significativas do DEC e do FEC, o que comprova a boa aplicação de nossos investimentos”, analisou Botelho.

Já o braço que atua no mercado de transmissão de energia deve ficar com cerca de R$ 320 milhões direcionados para investimentos nos lotes arrematados, inaugurando a presença da Energisa neste segmento. Em 2018, o Grupo arrematou mais dois lotes, um no Pará e outro entre Bahia e Tocantins. O montante de investimentos estimado pela Aneel para os quatro lotes soma R$ 1,84 bilhão até 2023.