fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Após o anúncio da parceria com a Vale para a construção de parques eólicos no complexo Folha Larga Sul destinados à autoprodução, a Casa dos Ventos quer repetir o modelo adotado com outros clientes. Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da empresa, cona que a estratégia de em um contrato de longo prazo trazer o autoprodutor para ocupar uma parcela da energia de um parque já comercializado – e que já é usada em países como os Estados Unidos, está atraindo o interesse do mercado. “A gente tem conseguido conversar com boa aceitação e pretende replicar esse modelo”, explica.
Com a equação financeira da eólica Folha Larga resolvida, a Casa dos Ventos se volta para o projeto Rio dos Ventos, no Rio Grande do Norte, com 440 MW. Nesse projeto, são seis Sociedades de Propósito Específico que compõem o parque. O modelo prevê a possibilidade da entrada de um cliente em cada SPE, garantindo que ele participando do complexo, tenha uma solução customizada com ganhos econômicos e na operação. Com o modelo adotado, o autoprodutor não corre os riscos inerentes a construção e a Casa dos Ventos tem toda a responsabilidade pela construção, prazos e operação do empreendimento. “Foi um modelo que conseguiu atender as principais barreiras que a autoprodução tinha”, aponta.
A fonte eólica, apesar de ter registrado nos últimos anos um desenho excepcional nos leilões de energia nova, ainda não tinha conseguido repetir essa performance na autoprodução. O único projeto efetivo era o da EOL Xangri Lá (RS) da Honda. Segundo Araripe, eram necessários altos investimentos e geralmente eram escolhidos projeto hídricos, além da própria complexidade operacional eólica que foge da atividade fim dos potenciais autoprodutores. Também houve uma mudança regulatória que permitiu o acúmulo dos benefícios do fio e da autoprodução, o que antes não era permitido. A ideia foi a de ter um alinhamento com a necessidade do cliente. Sem um perfil específico de cliente para autoprodução, que pode ir do pequeno ao grande, o executivo considera o modelo pioneiro como uma evolução do PPA de longo prazo corporativo no Brasil, comercializando uma pequena parte no mercado regulado e reservando o restante para a autoprodução. “O que a gente está fazendo é comercializando garantia física de parques que a gente já tem máquinas compradas ou em negociação”, avisa. A ideia é que nos próximos leilões de energia essa estratégia se repita.
Considerando cedo para fazer algum tipo de análise do novo governo, Araripe acredita que nos próximos 60 dias algumas diretrizes devem começar a ser sinalizadas. Ele lembra que muitas medidas já vêm do governo anterior, como a mudança do modelo e o fim dos subsídios. Para 2019, a empresa também prevê participação nos leilões de energia. A Casa dos Ventos é uma das maiores desenvolvedoras eólicas do país, com projetos desenvolvidos para vários players do mercado, como Enel Green Power e Votorantim.