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A fabricante de conectores KRJ pretende obter em 2019 um volume de vendas cerca de 48% acima do registrado em 2018. De acordo com diretor comercial da empresa, Roberto Karam Júnior, a meta é considerada desafiadora e para isso ela conta com o conector Karp para alcançá-la. O produto, feito a partir do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, é um conector de perfuração para rede de média tensão que reduz o tempo de exposição à rede e que poderá também ser vendido para o exterior. “O estágio de homologação e padronização dele no Brasil, na América Latina, Ásia e Oriente Médio já foi concluído. A gente está só esperando efetivamente as encomendas”, avisa.

O conector já foi homologado em mais de 90% das distribuidoras do país. O diferencial do Karp é que ele permite a supressão de remoção e recomposição da cobertura do condutor, também permitindo a conexão à distância e em linha viva. O conector é estanque e tem controle limitador de torque por meio de uma cabeça fusível polimérica. Ele lembra que o foco na redução de custo traz a competitividade para o produto.

Tendo investido R$ 1 milhão na modernização da planta em 2018, a empresa também conta com as privatizações que ocorreram na distribuição brasileira em 2018 para melhorar seus resultados e o volume de negócios. Karam revelou já sentir movimentações vindas de algumas concessionárias, mas ainda tímidas, no sentido de aproveitamento de contratos de compra. Ainda segundo ele, também há demanda de grupos que investem próximo a revisão tarifária de modo que haja uma reversão disso para a tarifa, além dos players tradicionais.

Ele vê o mercado brasileiro bastante conservador, uma vez que as compras são sempre feitas pelo menor preço, muitas vezes sem uma avaliação efetiva do produto. No caso da KRJ, por ter produtos inovadores, enfrenta resistências dos departamentos de suprimentos, já que ele é feito por apenas um fabricante. “Os departamentos de suprimentos estão tendo uma força muito grande em relação aos de engenharia. São analisados os custos de aquisição, não os de melhoria de rede”, avisa. O Karp foi desenvolvido em conjunto com a Unesp e a Eletropaulo (SP) e já está em uso em distribuidoras da EDP, CEEE e a própria Eletropaulo.

A empresa já atua no mercado exterior, em países da América do Sul, como Chile, Paraguai e Colômbia e da América Latina, como o Panamá e Costa Rica. Há uma consulta para entrar no mercado do Vietnã, além de oportunidades no México e Japão. A aproximação com o mercado internacional tem auxílio da Apex. Karam almeja que a produção da empresa de conectores chegue a 40% para  exportação e 60% para o mercado interno. O objetivo para esse ano é que as exportações fiquem em 25%.