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A Torres Eólicas do Nordeste (TEN) completou 4 anos de operação em 30 de janeiro. No mês de aniversário, a empresa recebeu como presente a certificação ISO 9001, um reconhecimento conquistado pelo modelo de gestão implantado na fabricação e comercialização de torres metálicas para o setor eólico brasileiro.

De acordo com Roberto Miranda, diretor Comercial da TEN, a unidade localizada em Jacobina, na Bahia, está próxima de atingir a marca de 400 torres produzidas, equivalente a 1 GW em capacidade instalada no Brasil. “Acreditamos que no primeiro semestre do ano devemos alcançar essa marca”, disse o executivo à Agência CanalEnergia.

Com a ausência de contratação de novas usinas eólicas nos anos de 2015 e 2016, que prejudicou a demanda por novas torres, a aposta da empresa está nos pedidos que devem surgir de projetos viabilizados no mercado livre. “A nossa esperança é o grande impulso que virá do mercado livre”, afirmou Miranda.

Em 2018, o Governo Federal realizou dois leilões para contratação de nova capacidade, somando 1,2 GW e 48 projetos. Parte desses projetos só foram viabilizados graças a estratégia inovadora dos empreendedores de comercializarem parte da energia no mercado livre. Houve também três grandes leilões privados, dois promovidos pela Cemig e um pela Casa dos Ventos. Embora o número dessas operações não tenha sido divulgado oficialmente, a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) estima que foram vendidos 2 GW em projetos eólicos nessa modalidade.

Miranda, contudo, lamentou a demissão de cerca de 200 funcionários em dezembro de 2018. A fábrica na Bahia está operando em lay-off. A unidade tem capacidade de produzir 250 tores no ano, mas está sem pedidos para entregar no primeiro trimestre desse ano. “Se não fosse o mercado livre acenando com boas perspectivas, esse ano seria desanimador”, disse o executivo. “Apesar do momento difícil, vamos manter o investimento porque acreditamos que o mercado eólico vai continuar crescendo no Brasil, seja pelos leilões promovidos pelo Governo, como pelo crescimento do mercado livre”, completou.

No caso da também fabricante de torres metálicas Torrebras, o momento mais difícil ficou para trás, disse o presidente da companhia, Álvaro Carrascosa. “A falta de leilões em 2015 e 2016 repercutiu 100% em 2018. Tivemos praticamente seis meses de capacidade ociosa”, contou.

“Este ano o cenário está mais positivo e acreditamos que 2020 vai ter um volume bem significativo de negócios para toda cadeia eólica, tanto pelos leilões realizados em 2017 e 2018, como também pelo mercado livre que começou a fazer negócios interessantes”, disse o executivo. “Estamos saindo de um cenário desanimador para um cenário bem otimista”, completou Carrascosa.

Assim como a TEN, a Torrebras também precisou reduzir seu quadro de 350 para 120 colaboradores em 2018. Contudo, a expectativa é realizar novas contratações neste início de ano, com a meta de atingir um quadro de 250 funcionários. Em 2019, a Torrebras está com 90% da capacidade produtiva ocupada, em parte em função das exportações. A fábrica fica no polo petroquímico de Camaçari, na Bahia. “Os ventos de 2019 estão sobrando positivamente. Acreditamos que o Brasil vai ter um novo ciclo de crescimento em todos os setores, para que a gente possa ter um planejamento mais consistente”, finalizou Carrascosa.

Considerando a matriz elétrica brasileira em dezembro de 2018, a participação da energia eólica era de 9%, sendo a terceira fonte mais representativa. A biomassa, segunda fonte, representava 9,1% da matriz no final de 2018. O Brasil terminou 2018 com a marca de 14,71 GW de capacidade instalada de energia eólica, em 583 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados.