O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico decidiu reduzir o intervalo de suas reuniões, que acontecem mensalmente,  para avaliar as condições de atendimento ao Sistema Interligado e autorizar, se necessário, a adoção de medidas para aumentar a disponibilidade de geração de energia. A primeira reunião extraordinária do CMSE de 2019 vai acontecer próxima sexta-feira, 8 de janeiro, segundo nota divulgada nesta quarta-feira (6), após a reunião ordinária do colegiado.

Havia expectativa de que o CMSE autorizaria hoje o acionamento de mais usinas termelétricas a gás para garantir o atendimento do consumo, que tem batido recordes nas últimas semanas. O colegiado pode autorizar, a qualquer momento, o uso de usinas térmicas por ordem de custo, ou até fora dessa ordem, se houver necessidade. Há, porém, preocupação no governo com o aumento dos preços da energia, que têm subido e atingiram esta semana a marca de R$ 450/MWh no mercado de curto prazo.

É provável, no cenário atual, que a reuniões de avaliação aconteçam semanalmente, como em setembro do ano passado.

O comitê informou que as previsões meteorológicas apontam para a ocorrência de chuvas nos próximos dias e o abastecimento está garantido, mas alertou que “a quantidade de chuva e os valores de vazão nos principais rios, do ponto de vista de geração de energia hidrelétrica, estão inferiores aos valores médios históricos.”

Em janeiro, as chuvas ficaram abaixo da média histórica em todas as regiões do país, e os níveis de armazenamento dos reservatórios equivalentes atingiram 26,5% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste; 44,5% no Sul; 42,1% no Nordeste e 30,6%  no Norte. A recuperação dos níveis atuais vai depender da permanência das precipitações previstas para os próximos dias, já que o solo está seco e deve absorver a água da chuva antes que esta comece a acumular.

Em fevereiro, a expectativa é de melhora no Sudeste/Centro-Oeste, onde o armazenamento deve ter um pequeno crescimento, para 27,9%; e no Norte, onde o nível pode chegar a 45,8%. No  Sul, o armazenamento baixa para 41,4% e no Nordeste para 40,9%.